CRIMES AMBIENTAIS NO RJ ESTÃO NA GAVETA DESDE 88
2001-07-03
A falta de recursos que atinge a saúde, e tantas outras esferas de responsabilidade do poder público, está criando raízes no meio ambiente. O problema afeta a apuração dos crimes ambientais, que dependem de verbas para contratar técnicos independentes e laudos realizados em laboratórios imparciais. Dois exemplos extremos. No conjunto habitacional Nova Sepetiba, as casas populares estão sendo erguidas dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baía de Sepetiba. Na outra ponta está o condomínio Parque Canto e Melo, na Zona Sul, com casas de classe média alta que estão na APA da Gávea. Para amenizar a dificuldade de comprovar tecnicamente crimes ambientais cometidos no estado do Rio, o Ministério Público (MP) enviará à Assembléia Legislativa, no próximo dia 20, projeto de lei que prevê a ampliação do número de peritos em seus quadros, de 7 para 15. Hoje, tramitam 500 inquéritos no MP, alguns deles datam desde 1988. Entre os crimes ambientais mais comuns no Estado, a promotoria aponta os desmatamentos causados pela expansão urbana.(JB/Cidade/18)