EUA INCENTIVA CORTE DAS EMISSÕES DE MERCÚRIO EM USINAS DE CARVÃO
2001-06-28
A Secretaria de Energia dos EUA anunciou, no último dia 18 de junho, que está selecionando seis projetos para receberem fundos a fim de propiciarem o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem cortar as emissões de mercúrio de usinas de carvão, utilizando-se de métodos que tenham custos acessíveis. Atualmente, não há um sistema de controle da poluição que reduza as emissões de mercúrio de modo uniforme em todos os tipos de plantas de usinas a carvão, e a efetividade pode variar de 90% a zero, segundo o Departamento de Energia dos EUA. Os novos projetos receberão um total de US$ 8 milhões do governo feeral, mas, em troca, contribuirão para um corte de US$ 2,3 milhões em termos de custos. O plano de energia nacional do presidente George W. Bush prevê reduções de emissões de mercúrio nas plantas de energia a carvão e, em resposta, o Deapartamento de Energia estabeleceu metas de cortes de 50% a 70% até 2005, e de 90% até 2010. Contudo, se as usinas utilizassem apenas as tecnologias atuais para atingir essa meta, cerca de US$ 7 bilhões seriam acrescentados às contas dos contribuintes anualmente. Os seis projetos de pesquisa são:
*desenvolvimento de um coletor avançado de particulados a fim de remover 90% de todas as emissões de mercúrio liberadas pelo combustor de carvão. Este equipamento está sendo desenvolvido pelo Centro Ambiental da Universidade do Norte de Dakota e pelo Departamento de Energia;
* teste de catalisadores químicos que podem converter mercúrio em compostos oxidados em forma de gás que podem ser removidos elevados a coletores particulares. Isto está sendo feito por um grupo de pesquisa ligado à Universidade de Austin, no Texas;
* adaptação de um sistema de controle de mercúrio atualmente usado em incineradores municipais de resíduos para uso em plantas de queima de carvão. Isto permitirá não só a retirada do mercúrio, mas também de poluentes à base de enxofre. Este projeto é desenvolvido na Pennsylvania;
* teste da efetividade de produtos químicos à base de cálcio, como aditivos de sílica, que podem coletar mercúrio e oxidá-lo de forma a que possa ser separado de uma planta de energia com gás fluido. Isto está sendo feito por um instituto de pesquisa em Birmingham, no Alabama;
* o teste de sistemas de remoção multipoluentes que possam ser usados sob descargas elétricas a fim de converter mercúrio em óxido, NOx em ácido nítrico, SOx e ácido sulfúrico. Esta tarefa é da Powerspan Corporation, em Durham, New Hampshire;
* um estudo realizado no Colorado para testar a efetividade de 12 produtos químicos que prometem remover mais de 90% do mercúrio e que custam de 40% a 75% menos do que solventes comerciais. Recentes pesquisas estão mostrando que uma a cada dez mulheres norte-americanas estão sob o risco de gerar bebês com problemas neurológicos devido à exposição ao mercúrio.