PREFEITURA DE ITAJAÍ TEM PRAZO PARA MELHORIA DE ATERRO
2001-06-28
A prefeitura de Itajaí tem até 3 de julho para concluir as obras de melhoria no aterro sanitário de Canhanduba, que recebe o lixo coletado naquela cidade e em Balneário Camboriú (SC). As obras foram vistoriadas na manhã de segunda-feira (25/6) por uma comissão formada por representantes das Câmaras de Vereadores dos dois municípios, de ambientalistas e da prefeitura de Itajaí. A comissão quer descobrir se os resíduos líquidos e sólidos do lixão estão contaminando o Rio Canhanduba, um dos pontos onde a Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) faz a coleta de água para abastecer Itajaí. A previsão é de que o resultado das análises fique concluído em dez dias. Os resultados das análises serão encaminhados ao Ministério Público Federal. O requerimento pedindo a correta destinação dos resíduos sólidos no aterro sanitário foi feito pelo juiz federal Franco Mattos e Silva em audiência, em 8 de maio, que reuniu o prefeito Jandir Bellini (PPB); o superintendente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fumai), João Guilherme da Cunha; o engenheiro da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma), Luiz Antônio Garcia Correa, e o procurador da República, Fernando José Piazenski. Uma nova reunião está marcada para 3 de julho, na Justiça Federal de Itajaí. Caso município e a Fatma não cheguem a uma proposta comum, o órgão estadual de meio ambiente deverá se manifestar sobre as melhorias implantadas pelo município no aterro sanitário. Segundo o diretor técnico da Fumai, Francisco Carlos do Nascimento, a previsão é concluir as obras dentro do prazo estabelecido pela Justiça. A prefeitura está ampliando a capacidade das lagoas de decantação. As obras envolvem também o melhoramento do sistema de tratamento, cobertura do lixo e o sistema de drenagem. Apesar de a Fatma não ter solicitado, a prefeitura está colocando pontos de monitoramento em toda a extensão do lixão, segundo Nascimento. Também está em fase de conclusão a implantação de uma balança na entrada do aterro e um refeitório para os funcionários. Depois que forem concluídas todas as obras, a prefeitura pretende tirar os catadores de lixo do local. O lixão recebe, por dia, cerca de 220 toneladas de lixo.