CÂNDIDO: GOVERNO ESTÁ SABOTANDO A PETROBRAS
2001-06-25
A série de acidentes que tem marcado a história recente da Petrobras é o resultado de uma política de sabotagem, visando à sua privatização. Foi o que disse em Plenário na quinta-feira (21/06) o senador Geraldo Cândido (PT-RJ). Alertada pelos funcionários da empresa sobre as más condições de equipamentos e instalações, a diretoria da empresa não estaria tomando as providências a tempo, o que levou a ocorrências como o vazamento de óleo na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000, e o afundamento da plataforma P-36, em março deste ano na Bacia de Campos (RJ). Como complemento da estratégia destinada à venda da empresa, a diretoria da Petrobras estaria investindo recursos na contratação de serviços de terceiros para a manutenção de plataformas, refinarias e tubulações, como se os funcionários não fossem preparados o bastante para realizar essas tarefas. Conforme o senador, o corpo de trabalhadores da Petrobras tem sido responsável por evitar danos humanos e materiais mais graves em recentes episódios. Um deles foi o vazamento de gás GLP em um duto da Petrobras, no dia 15 de junho, em trecho da rodovia Castelo Branco próximo a São Paulo. Outra ocorrência, registrada em maio deste ano, foi o rompimento de um oleoduto dentro de um condomínio de luxo em Barueri (SP). “Não se pode alegar surpresa com tais acidentes, pois vêm ocorrendo ao longo dos seis anos e meio do mandato de um homem que pretendia ser o novo Juscelino Kubitscheck, que preconizou o fim da Era Vargas e está levando o país ao tempo das lamparinas e lampiões”, disse Cândido. Ele lembrou que os sindicatos de petroleiros e a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) têm feito constantes alertas sobre as possibilidades de acidentes. O senador propôs em seu discurso a demissão da atual diretoria da Petrobras, encabeçada por Henri Philippe Reichstul, que estaria sem