CHINA GERENCIA A REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2
emissões de co2
2001-06-25
A despeito das observações dos Estados Unidos de que a China irá, em breve, tornar-se a maior emissora de gases estufa, um novo relatório dá conta de que a nação chinesa reduziu suas emissões de CO2 em 17% desde 1997, ao mesmo tempo em que sua economia cresceu 36%. Há menos de uma semana, o presidente norte-americano, George W. Bush, reiterou sua negativa em participar das medidas listadas no Protocolo de Kyoto, que visa a reduzir o aquecimento global, causado pela emissão de gases estufa. Bush alegou que não é justo deixar que outras nações em desenvolvimento, como a China, de fora do tratado, pois elas emitiriam mais gases estufa com o seu crescimento econômico. A realidade mostra que os fatos não são bem como afirmou Bush. Um relatório lançado no final da semana passada pela ONG Conselho para a Defesa dos Recursos naturais (NRDC) parece contradizer as asserções de que a China não está levando em conta o problema do aquecimento global em suas metas de crescimento econômico. De acordo com o relatório, os chineses estão gerenciando muito bem o mix entre o uso de carvão e energia de fontes renováveis. Na década passada, porém, as emissões de CO2 desse país haviam crescido 8,4%, e a economia, 142%. Mas trata-se de um crescimento econômico bem maior e de emissões bem menores se comparadas às dos Estados Unidos no mesmo período. Nessa década, os Estados Unidos apresentaram 14% de crescimento nas emissões e apenas 31% de crescimento econômico. Conforme estimativas do Laboratório Nacional Lawerence Bekerley, mesmo que a economia chinesa continuasse crescendo entre 5% e 6% ao ano, até 2020, os níveis de emissão de CO2 dos chineses ainda ficariam abaixo dos verificados em 1990. O estudo revela que a China, o segundo maior produtor de gases estufa do mundo, tem se mobilizado de forma agressiva no sentido de reduzir a queima de carvão, acabando com subsídios a essas indústrias. O governo chinês ordenou o fechamento de 25 mil minas de carvão e o fechamento de plantas de eletricidade que produziam com base em carvão. Isto resultou no declínio do consumo em 411 milhões de toneladas desse produto desde 1996, segundo com o Departamento de Estatísticas de Energia dos Estados Unidos. No mesmo período, o consumo de carvão, nos Estados Unidos, subiu em 40 toneladas. No começo deste ano, a China anunciou que vai gastar mais de 1% do seu Produto Interno Bruto na melhoria das condições da água e do ar e, até 2005, a energia limpa representará 75% do consumo energético total do país.