A Fermavi, de Suzano, na Grande São Paulo, está obtendo os primeiros resultados da venda do carbonato de manganês de alta pureza, uma das matérias-primas mais requisitadas pela indústria de componentes eletroeletrônicos, que até há pouco tempo não era fabricada no Brasil. Pequenas quantidades do produto agora estão sendo fornecidas para a Thornton, de Vinhedo, na região de Campinas. Essa empresa fabrica cerâmicas magnéticas (ferrite de manganês-zinco), utilizadas na produção de indutores, transformadores e filtros de aparelhos eletrônicos, como computadores e TVs, além de equipamentos de telecomunicações e de iluminação. A Fermavi é hoje a única empresa que produz carbonato de manganês no país, um material relativamente novo na indústria. Ele é produzido a partir da dissolução do manganês em solução de amônia (carbamato de amônia), que passa, depois, por um processo de purificação e precipitação, tornando-se carbonato de manganês de alta pureza. A empresa desenvolveu essa tecnologia pelo Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe) da Fundação de Amparo Á Pesquisa de São Paulo (Fapesp). Com a conclusão de uma planta industrial, prevista para o final de 2002, a Fermavi permitirá ao Brasil ser exportador do carbonato de manganês de elevada pureza.