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2001-06-22
Novas pesquisas revelam que apenas duas horas após inaladas, pequenas partículas existentes no ar podem penetrar nos pulmões, atacar as defesas naturais desse órgão e causar ataque cardíaco. A notícia foi publicada na edição de 12 de junho do jornal da Associação Americana do Coração (Hournal of the American Heart Association). Conforme o autor do artigo, Dr. Murray ª Mittleman, diretor da área de epidemiologia cardiovascular do Centro Médico do Diaconato Beth Israel de Boston, embora esses estudos estejam previamente ligados à exposição a um tipo particular de poluição com o aumento do risco de distúrbios cardiovasculares, trata-se da primeira pesquisa a examinar os efeitos da poluição do ar, em curto prazo, com relação aos riscos de ataque cardíaco.Os pesquisadores entrevistaram 772 pacientes na área de Boston quatro dias depois de terem sofrido ataque cardíaco e estabeleceram a comparação dos sintomas que eles tiveram com relação às medidas de poluição do ar detectadas no dia em que foram acometidos. Foi dada especial atenção aos níveis de pequenos poluentes, conhecidos como PM2.5, que são tão pequenos que podem passar pelos mecanismos normais de defesa do organismo nos pulmões e penetrar profundamente nos alvéolos pulmonares. Descobriu-se que o risco de ataques foi 48% maior com altos índices de PM2.5 em duas horas após o aparecimentos dos primeiros sintomas do ataque. Além disso, os pesquisadores observaram uma incidência maior de ataques cardíacos nas 24 horas após a exposição às partículas PM2.5. Esse tipo de poluente é derivado principalmente de emissões de combustíveis de veículos, indústrias, refinarias e outros tipos de indústrias. A poluição por PM2.5 verificada na área da pesquisa foi de 12,1 microgramas por metro cúbico, bem abaixo do limite máximo permitido pela Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA), de 65 microgramas por metro cúbico. De acordo com os pesquisadores, se os resultados do estudo puderem ser generalizados para outras áreas do país, então aquelas onde houver maior concentração desses poluentes apresentarão riscos ainda maiores de ataques cardíacos para as pessoas expostas ao seu ar.

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