RESUMO: A disposição final de resíduos industriais não tóxicos no solo possibilita a reciclagem destes materiais, contudo esta prática requer cuidados devido à possibilidade de translocação de elementos químicos no perfil do solo. Com o objetivo de estudar os efeitos da adição do lodo de estação de tratamento de efluentes (ETE) de indústria de laticínios, cerveja, madeira aglomerada e têxtil no solo, foi feita a quantificação do nitrogênio absorvido pela cultura da aveia e do lixiviado em dois tipos de solos LVd e PVd, por um período de 68 dias. A dose do resíduo adicionada não foi suficiente para suprir as plantas com nitrogênio em quantidades semelhantes ao tratamento com adubação mineral, sendo que, dentre os tratamentos com resíduo, o da indústria têxtil apresentou maiores quantidades do nutriente absorvidas pelas plantas. A amior parte do nitrogênio foi lixiviado na forma nítrica, sendo o total de amônio lixiviado considerável somente no solo com menor teor de argila (PVd). O total de nitrogênio lixiviado nos tratamentos com adição de resíduos no solo LVd corresponderam a, praticamente, a metade dos determinados no solo PVd, evidenciando a textura do solo. A saída de nitrogênio do solo, determinada pela quantidade lixiviada, somada à que foi absorvida pelas plantas, foi maior nos tratamentos com adição de adubo nitrogenado que nos tratamentso com resíduo, demonstrando a adição de resíduos na dose equivalente a 200 quilos de nitrogênio por hectare não contribuiu para o aumento da lixiviação do nitrogênio. AUTORES: Marcelo de Paula Segatto, mestre em Ciência do Solo pelo Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Clesio Gianello e Carlos Alberto Bissanil, da Faculdade de Agronomia da UFRGS. CONTATO -Telefone: (51) 3317-3860..........E-mail para contato: segatto@agricultura.gov.br