BRASIL PEDE PRAZO PARA BANIR HEPTACLORO, HEXACLOROBENZENO E DDT
2001-06-21
O Brasil firmou, na última quarta-feira (23/05), o tratado para o banimento de 12 poluentes orgânicos persistentes (POPs), em Estocolmo, mas pediu prazo de cincos anos para banir o heptacloro. Para isso, utilizou de recurso previsto na convenção para produtos ainda necessários. O argumento é de que a súbita proibição acarretaria perdas econômicas e desemprego. O heptacloro é usado na conservação de madeira e pode ser cancerígeno. A empresa que usa o produto, no Brasil, é a Action, no Paraná. Ela o importa dos Estados Unidos. O hexaclorobenzeno e o DDT (diclorodifenil tricloro etano) também fazem parte do pedido brasileiro de exceções temporárias. O primeiro é um herbicida que contamina alimentos e o segundo um inseticida largamente empregado no combate do mosquito que transmite dengue. Há denúncias de contaminações em agentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em São Paulo e no Pará. O agente está associado a doenças crônicas.