LÂMPADAS FLUORESCENTES TÊM DESTINO CORRETO NA CORSAN DO PÓLO PETROQUÍMICO
2001-06-21
Em época de racionamento de energia, uma das soluções tomadas é a substituição da iluminação convencional por lâmpadas fluorescentes, que têm maior durabilidade além de proporcionarem maior economia. Não se questiona, no entanto, o fim que será dado para este material, altamente tóxico (contém mercúrio, entre outras substâncias) e de difícil reaproveitamento. O ideal seria que todas empresas adotassem a conduta da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) que, através do Sistema Integrado de Gestão Ambiental empregado em suas unidades, dará destinação adequada a 21 mil lâmpadas oriundas das indústrias do Pólo Petroquímico de Triunfo. “Elas serão encaminhadas a um processo de descontaminação e segregação do mercúrio, procedimento este recentemente sistematizado”, revela o superintendente do Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel), Júlio Cordeiro, chefe do órgão que comanda o processo. Ele ressalta que, na questão do gerenciamento de resíduos sólidos, vários novos projetos estão sendo desenvolvidos. Esta postura deverá garantir à Corsan, nas próximas semanas, a confirmação da certificação do ISO 14001 para as três unidades incluídas no programa: o Sitel (que possui sistemas de tratamento primário, secundário e terciário), a Estação de Tratamento de Água n° 246 (ETA) e o Sistema Centralizado de Controle de Resíduos Sólidos do Pólo Petroquímico (Sicecors), todos atendendo o Pólo Petroquímico de Triunfo. O trabalho começou em 1999, quando a autarquia definiu um plano de qualificação dos serviços da empresa, resultando na implantação do Sistema de Gestão Ambiental. Investimentos em equipamentos e tecnologias são feitos de maneira contínua na administração das unidades, propiciando uma melhora gradativa do desempenho sob o ponto de vista ecológico, além de criar mecanismos de previsão de futuros impactos ambientais. A empresa possui uma estrutura capaz prevenir e, em último caso, minimizar os possíveis incidentes ou acidentes ambientais, através de ações como mudança de atitudes, processos, ou adoção de novas tecnologias. O projeto inclui, ainda, a conscientização e o comprometimento dos trabalhadores com o meio ambiente. Os servidores, cerca de 70 (sendo que 90% com ensino médio e superior), são capacitados através de programas de treinamento definidos. Júlio Cordeiro afirma que a Gestão Ambiental compromete a empresa com o atendimento da legislação, que apresenta objetivos, metas e programas avaliados e aprovados pelo Órgão Ambiental. “A certificação é um atestado de que a empresa está comprometida com a conformidade legal, melhoria contínua e prevenção da poluição”, comemora. Entre as atividades desenvolvidas estão a reciclagem e redução da geração de resíduos sólidos, redução do desperdício de energia elétrica e consumo de água, investimentos em medidas de prevenção e mitigadoras, além da melhoria na eficiência de redução de poluentes. O próximo passo será a expansão do Sistema de Gestão Ambiental para a Central de Tratamento de Efluentes Líquidos (Cetel), no complexo industrial da General Motors em Gravataí. Este processo também deverá ser certificado pela mesma norma ambiental, consolidando a disseminação da cultura do saneamento ambiental com qualidade, objetivo da atual gestão da Companhia.