RESUMO: Com o objetivo de avaliar o poder corretivo de uma escória básica de aciaria, foi feita a incubação, em laboratório, de amostras dos solos Argissolo Vermelho-amarelo distrófico arênico (PVAd), Argissolo Vermelho Distrófico típico (PVd) e Latossolo Vermelho Aluminoférrico típico (Lvaf), com doses crescentes de: a) uma mistura de CaCo3:MgCo3 na relação molar de 3:1; e b) uma escória básica de aciaria proveniente da empresa Aços Finos Piratini, localizada no município de Charqueadas (RS). Os recipientes com solo foram conservados no Laboratório de Análise de Solos, à temperatura ambiente e, aos 7, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 dias após o início do experimento, foram feitas determinações do pH em água. As curvas de neutralização da acidez dos três solos, para os dois materiais corretivos, apresentaram uma rápida elevação do pH do solo na primeira semana do experimento, ocorrendo, a partir desse momento, uma leve queda nesses valores, até a estabilização do pH, ocorrida a aproximadamente 30 dias após o início da incubação. Os dois materiais corretivos utilizados apresentaram valores de pH final muito próximos com a utilização das menores doses aplicadas. Por outro lado, para a maior dose aplicada, os tratamentos com adição de CaCO3:MgCo3 apresentaram valores pouco maiores de pH em relação aos tratamentos com escória básica de aciaria, sendo o mesmo comportamento observado nos três solos estudados. A escória básica de aciaria, quando moída até passar na peneira 100, pode ser eficiente na correção da acidez dos solos, principalmente se a dose a ser aplicada não for muito elevada. Autores: Paulo Cesar Roza da Luz, mestrando em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Marino José Tedesco, pesquisador do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Antônio Cezar Faria Vilela, do Laboratório de Siderurgia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Telefone para contato com os autores: (51) 33166024.