Um estudo realizado por técnicos da Faculdade de Farmácia e do Laboratório de Toxicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostra a utilização de práticas perigosas tanto na aplicação de agrotóxicos quanto no manuseio de embalagens após o uso dessas substâncias químicas em lavouras de arroz gaúchas. Entre sete lavouras estudadas, os pesquisadores constataram que cinco usavam o Sistema de Posicionamento Global (GPS) para a aplicação do produto, não havendo, nesses casos, exposição por parte dos trabalhadores. Em duas fazendas, a aplicação ainda é feita com o sistema de bandeirinhas. Jé em quatro fazendas, além de transporte aéreo, utiliza-se o transporte terrestre com pulverização por tratores, sem cabines pressurizadas. São essas as formas de aplicação que mais oferecem riscos aos trabalhadores. Constatou-se que 57% das fazendas utilizam sistema aéreo de aplicação e 43%, sistemas aéreo e terrestre. Das sete fazendas, quatro enterram as embalagens residuais, após a aplicação do produto, uma delas queima essas embalagens e outras duas as reutilizam.