O volume de investimento das empresas em ações sociais e ambientais poderá tornar-se critério de desempate nas licitações públicas. É o que propõe o Projeto de Lei 6103/02, do deputado Wilson Santos (PSDB-MT). Conforme o parlamentar, o engajamento empresarial com essas ações, apesar de crescente, ainda é muito pequeno. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou, nos últimos anos, um aumento das ações sociais, ambientais e também educacionais das empresas. Muitas buscam enquadrar-se no conceito de empresa cidadã, ou seja, que adotam o compromisso de promover o bem estar da sociedade. O estado com maior número de empresas que adotaram o conceito é Minas Gerais. Na região Sudeste, 67% das empresas já estão engajadas, em algum nível. Em segundo lugar vem a região Nordeste, com 55%. O compromisso social das empresas tem sido apontado também como fator de escolha do consumidor. Pesquisa realizada pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social revelou que 51% dos consumidores brasileiros julgam a qualidade das empresas pelo tratamento dispensado aos funcionários e pela conduta ética nos negócios. E 24% preferem comprar de empresas que se destaquem pela responsabilidade social. O projeto está tramitando na Comissão de Finanças e Tributação, onde aguarda parecer da relatora, deputada Maria Lúcia (PMDB-MG).