O trabalho da engenheira Adriana Salani (dissertação de mestrado, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000) consistiu no desenvolvimento de uma tecnologia de uso de resinas fenólicas no processo de pultrusão para aplicação para aplicação na fábrica WPP - Weber Perfis Pultrudados Ltda., de Torres (RS). Pultrusão é um processo contínuo que permite a produção de perfis de seção constante em polímero reforçado de alto desempenho. Quatro tipos de resinas fenólicas foram caracterizadas através de medidas de pH, teor de umidade, viscosidade, tempo de gel e por calorimetria diferencial de varredura, a fim de avaliar suas características e a viabilidade de seu uso em pultrusão. O desenvolvimento foi executado em quatro etapas: 1º Testes de resinas em uma pultrusora industrial, com o intuito de verificar a possibilidade de produção de perfis pultrudados. 2º Investigação preliminar de algumas possibilidades de perfis fenólicos produzidos em comparação com os perfis de poliéster normalmente comercializados pela fábrica. 3º Novo teste na pultrusora com um molde maior de perfil para confirmar a viabilidade de produção e pré-avaliar as condições de processamento. 4º Avaliação da influência de algumas variáveis do processo sobre as propriedades dos perfis produzidos. Além disso, foi feito o acompanhamento do desenvolvimento de uma resina fenólica, produzida por um fabricante nacional, adequada ao processo de pultrusão. Os perfis fenólicos pultrudados produzidos foram avaliados por calorimetria diferencia de varredura, análise termogravimétrica, microscopia eletrônica de varredura, resistência à flexão, à compressão e ao impacto, quanto ao comportamento de queima e de teor de umidade absorvida e quanto às resistências ao intemperismo e ao calor. Foi possível a produção de perfis pultrudados com resina Resorchipen e com bom acabamento final, mas o mesmo não ocorreu com as resinas fenólicas convencionalmente testadas. As características de resistência à chama destes perfis fenólicos mostraram-se muito satisfatórias e, ainda, largamente superiores às dos perfis feitos com resinas de poliéster. A exposição ao intemperismo pareceu aumentar ligeiramente a resistência à flexão de alguns perfis e diminuir a sua resistência à umidade. A exposição ao calor (65ºC por um mês , ininterruptamente) diminuir a resistência dos perfis pultrudados fenólicos à chama, mas aumentou um pouco a resistência ao impacto. Quanto À tentativa de desenvolvimento de uma resina adequada ao processo de pultrusão, as caractreísticas apresentadas pela reisina ficaram bem próximas das da resina Resorchipen, mas ainda não estão perfeitamente.