VIGÍLIA TECNOLÓGICA E CIENTÍFICA DEGRADAÇÃO E RECICLAGEM DAS CRAS DE MODELAGEM PARA O PROCESSO DE MICROFUSÃO
2002-06-25
Constatada a carência de tecnologias para a reciclagem das ceras para modelos utilizadas pelas indústrias de fundição regional no processo de microfusão, em 1996 foi iniciada a pesquisa do químico Ivo Vedana (tese de doutorado no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000). O estudo se propôs a avaliar a reciclabilidade das ceras para modelos até então utilizados e efetuar as melhorias necessárias no sentido de elas atenderem a este requisito. Foi então elaborada uma cera para modelos padrão representativa da utilizada, constituída de breu, parafina, cera mineral, cera de carnaúba e EVA. Foi procedida à sua caracterização determinando-se as temperaturas de fusão e volatilização, teores de água (voláteis) e cinzas, dureza, módulo de elasticidade, índice de refração e expansão volumétrica, módulos viscoso e elástico, viscosidade complexa e, também, levantados os espectros característicos no infravermelho e ultravioleta e as curvas térmicas: DSC, DTA e TGA ou DTG. Com o objetivo de avaliar a sua reciclabilidade, foi simulado o processo de microfusão, submetendo a cera a doze ciclos de utilização (reciclagem). Em cada ciclo foi retirada uma amostra e, por meio dos testes citados anteriormente, foi monitorada a degradação química, física e estrutural sofrida pela cera para os modelos padrão. Ainda que quimicamente estável, verificou-se uma estabilidade estrutural limitando, em parte, a sua reciclagem. Procedidos os ajustes na sua formulação, obteve-se uma cera para modelos padrão constituída de resinas, ceras de petróleo e sintético, polímero e antioxidante que, submetida aos mesmos ensaios, apresentou satisfatória reciclabilidade, além de manter as demais propriedades requeridas para o processo de microfusão.