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hidrelétrica de itaipu
2015-09-18 | Matsubara

 

O governo brasileiro assinou ontem (17), por meio da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um  protocolo de intenções com a finalidade de criar uma Rede Internacional de boas práticas de gestão dos recursos hídricos.

A proposta foi assinada ao final do “Encontro de experiências pioneiras e inovadoras de iniciativas sociais na gestão da água”, que reuniu representantes de 18 países de 15 a 17 de outubro em Foz do Iguaçu, (PR).

Principal articuladora da rede, a usina hidrelétrica de Itaipu Binacional, por meio do Programa Cultivando Água Boa,  irá apoiar o governo brasileiro a tira-la do papel. “O objetivo da rede é muito mais de articulação e de compartilhamento. Inicialmente, pretende-se identificar as iniciativas que já existem e potencializar o seu alcance. Não queremos criar mais um organismo que vai sobrepor responsabilidades”, explicou o diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich.

Segundo ele, os detalhes de como se dará o apoio do Brasil à rede ainda serão definidos pelas instituições presentes no encontro ao longo dos próximos meses.  Organizado pela ONU Água, o encontro em Foz do Iguaçu reuniu ganhadores do prêmio Water for Life, que reconhece as melhores práticas de gestão da água no mundo. Nestes quatro dias, organizações de todos os continentes apresentaram suas soluções para o enfrentamento de problemas relacionados à escassez de água e às mudanças climáticas.

Projetos fortalecidos

De acordo com Josefina Maestu, diretora do programa Década Internacional para a Ação: “Água, fonte de vida” (2005-2015), das Nações Unidas, o evento foi uma oportunidade para fortalecer as iniciativas premiadas, que muitas vezes se encontram isoladas. “São projetos que têm em comum o fato de serem práticas participativas, de engajamento social”, afirmou Josefina. “Agora em rede, essas práticas fomentam novos projetos-piloto em outras localidades. É um projeto ambicioso, mas absolutamente necessário”, concluiu.

O representante da África do Sul, Mandla Malakoana, afirmou estar extremamente satisfeito com os resultados do encontro inédito que reuniu as melhores práticas de gestão da água do mundo. O Programa de Sensibilização e Participação Comunitária nos Temas de Água e Saneamento em eThekwin, na província de Durban, África do Sul, representado por ele, venceu Water for Life em 2015, categoria dois.

“Levarei para meu país o entusiasmo renovado de trabalhar para que as questões da água sejam de domínio público, e não uma commodity. É importante que cada pessoa, cada família, saiba como pode contribuir para uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos”, disse.

Para Blanca Jiménez Cisneros, vice-presidente da ONU Água (mecanismo de coordenação do tema água dentro das 30 organizações que compõem o sistema da Organização das Nações Unidas), a rede que está sendo criada terá como princípio facilitar a participação das pessoas de várias formas, como indivíduos, instituições, ONGs.

“É importante que as pessoas tenham conhecimento sobre a problemática global da água, mas é somente se elas assumirem responsabilidades e atuarem localmente é que esses problemas serão tratados”, disse Blanca. “Se tomarmos, por exemplo, a questão das mudanças climáticas, aqueles que estão provocando os desequilíbrios não são os mesmos que estão sofrendo as consequências. Então, é preciso identificar e envolver os responsáveis”, completou.

Perguntada sobre como, então, é possível envolver as pessoas, que muitas vezes esperam uma solução por parte dos governos ou agências internacionais, a vice-presidente da ONU Água respondeu que os comunicadores e meios de comunicação tem um papel fundamental nesse processo. “As pessoas que criam esses bons projetos de gestão da água têm um enfoque técnico. Os políticos, muitas vezes, não têm credibilidade. Então, muito do trabalho da rede será focado na comunicação das boas práticas.”

Cultivado Água Boa

Anfitriã do evento, a Itaipu Binacional integra a rede com o programa Cultivando Água Boa, executado com parceiros em 29 municípios da Bacia do Rio Paraná Parte 3, um território de aproximadamente um milhão de habitantes e 800 mil hectares de área. O CAB recebeu o prêmio Water for Life em 2015.

Para o diretor-geral brasileiro da empresa, Jorge Samek, a união dessas iniciativas premiadas deverá fortalecê-las e fomentar novos projetos em todo o mundo. “A sustentabilidade é um caminho sem volta. Cada vez mais, temos que o planeta é um só e não tem back-up. E a água é um tema transversal a quase todos os temas ligados à sustentabilidade, pois é um elemento básico de sustentação da vida e está relacionado ao abastecimento das cidades, à produção de alimentos e à geração de energia”, afirmou.

Por Carlos Matsubara, com assessorias


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