Conhecer o passado é a chave para compreender o presente, e também uma janela para o futuro.
Uma equipe de cientistas que obteve núcleos de sedimentos depositados fora da costa da Antártica publicou um trabalho que conclui que, durante o Eoceno (53 milhões de anos atrás), as temperaturas durante o inverno estavam acima de 10°C e no verão superavam os 20°C. (http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-19077439)
Esse clima ameno possibilitava que palmeiras, faias e araucárias crescessem no continente. Ele foi consequência de concentrações de CO2 atmosférico da ordem de 600 ppm (partes por milhão). As emissões atuais resultantes do desmatamento, agricultura e queima de combustíveis fósseis já nos fizeram a atingir 390 ppm.
Segundo David Bendle, um dos cientistas que realizou a pesquisa, a conclusão do estudo é "quanto mais informações obtemos, mais parece que os modelos que estamos usando não superestimam a mudança [climática] ao longo dos próximos séculos, e que eles podem estar subestimando-a. Essa é a mensagem essencial”.
(Por Fabio Olmos, O Eco, 02/08/2012)