A empresa divulgou nota para rebater o que chamou de "boatos que circulam em vários meios de comunicação online e em redes sociais" sobre uma "suposta ligação da Monsanto aos recentes acontecimentos políticos na República do Paraguai". Na nota, direção da empresa nega qualquer participação em tais eventos e afirma sua condição de "empresa comercial que não tem fins políticos e não participa de políticas partidárias".
A Monsanto divulgou nota oficial negando qualquer participação no golpe de Estado que acabou afastando o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, do cargo. Na nota, a empresa "nega veementemente qualquer participação em tais eventos" e afirma sua condição de "empresa comercial que não tem fins políticos e não participa de políticas partidárias". Segue a íntegra da nota enviada à redação da Carta Maior pela assessoria de Relações Públicas da empresa:
Em relação aos boatos que circulam em vários meios de comunicação online e em redes sociais, que fazem referência a uma suposta ligação da Monsanto aos recentes acontecimentos políticos na República do Paraguai, a empresa informa que:
• A Monsanto nega veementemente qualquer participação em tais eventos. A Monsanto é uma empresa comercial que não tem fins políticos e não participa de políticas partidárias. A empresa também ratifica a sua estrita conformidade com todas as leis e regulamentos dos países onde atua, colocando-se à disposição das autoridades para qualquer informação que seja necessária.
• A Monsanto está firmemente comprometida com o desenvolvimento econômico e social do Paraguai. Como tem afirmado repetidamente, a empresa está convencida de que o Paraguai tem uma oportunidade histórica única, definida pelo crescimento exponencial da demanda por alimentos e fibras no mundo. A Monsanto acredita que só o trabalho em cooperação entre todas as partes envolvidas, públicas e privadas, permitirá ao país aproveitar essa oportunidade.
• Assim, a empresa, a partir de seus escritórios no Paraguai, trabalha para fornecer soluções tecnológicas que podem ser traduzidas em benefícios concretos para todos os agricultores, melhorando o seu desempenho com sustentabilidade. Mais de 35 pessoas, profissionais principalmente do Paraguai, estão focadas em trabalhos de pesquisa, transferência tecnológica e promoção das mais modernas práticas agronômicas e tecnologias de ponta no país.
• O algodão, reconhecido como uma cultura social que gera emprego e sustento para milhares de famílias de pequenos produtores no Paraguai, não tem sido uma exceção. A Monsanto tem desenvolvido tecnologias no algodão que trazem significativos benefícios econômicos e ambientais. A tecnologia BOLLGARD I, com liberalização comercial aprovada em outubro de 2011 pelo Governo do Paraguai (Resolução ministerial nº 2072), trará benefícios substanciais para o pequeno agricultor por meio da proteção dessa cultura contra as principais pragas que a atacam, resultando em menor uso de inseticidas e menores custos de produção. Nesse sentido, a companhia esclarece que cumpriu todas as exigências dos órgãos governamentais paraguaios envolvidos no assunto e que estabelecem normas específicas e rigorosas de biossegurança.
• Também como parte de seu compromisso com o desenvolvimento social dos pequenos produtores paraguaios e com a recuperação da área algodoeira do país, a Monsanto já ofereceu aos parceiros a possibilidade de destinar parte de seus direitos de royalties sobre a tecnologia BOLLGARD I por dois anos. Esses fundos serão usados para fortalecer o setor, promover a reativação do algodão no Paraguai, suportar o manejo da cultura com boas práticas agrícolas e a transferência de tecnologia, em coordenação com a indústria do algodão e do Instituto de Biotecnologia Agrícola (INBio). A Monsanto também ofereceu ao Instituto Paraguaio de Tecnologia Agrícola (IPTA), a seu pedido, o licenciamento da tecnologia a ser incorporada em variedades nativas existentes e naquelas que venham a ser desenvolvidas no futuro.
• No ano passado, a Monsanto, com as aprovações apropriadas do Governo do Paraguai, produziu mais de 70 ensaios regulamentados de milho, soja e algodão nos campos do IPTA, solicitou a liberação comercial para três tecnologias de milho e uma de soja, e a autorização para realizar ensaios de campo para as últimas tecnologias em algodão.
(Carta Maior, 04/05/2012)