Os dados referentes às emissões mundiais do setor de energia em 2010, último ano com números consolidados, já eram ruins, com a Agência Internacional de Energia (AIE) estimando que 30,6 gigatoneladas (Gt) de gases do efeito estufa haviam sido liberados na atmosfera, um recorde histórico.
Agora, a Administração de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA, em inglês) divulgou que as emissões teriam sido ainda maiores, alcançando as 31,8 Gt. Trata-se de um aumento de 48% em relação aos dados de 1992, quando foi realizada a Eco92 no Rio de Janeiro.
De acordo a EIA, as emissões norte-americanas voltaram a crescer, depois de uma breve queda entre 2008 e 2009 por causa da crise financeira. Os EUA teriam sido responsáveis por liberar 5,6 Gt na atmosfera.
Porém, a entidade aponta a China como a grande responsável pelo aumento nas emissões globais. O país ocupa o topo do ranking tendo emitido 8,3 Gt, um crescimento de 15,5% em relação a 2009 e mais de 240% desde 1992.
As informações da EIA sobre a China confirmariam a suspeita de que o país estaria emitindo muito mais do que reconhece oficialmente. No começo deste mês, uma pesquisa publicada na Nature Climate Change afirmou que a quantidade de dióxido de carbono sendo liberada pela China poderia ser 1,4 bilhão de toneladas maior do que o anunciado.
Pelo ranking da EIA, o Brasil aparece em 13º, com a emissão de 454 milhões de toneladas métricas em 2010.
(Por Fabiano Ávila, Instituto CarbonoBrasil, 25/06/2012)