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rio 2012/cúpula da terra crise ecológica política ambiental brasil
2012-06-19 | Rodrigo

O governo brasileiro já está conformado com o fato de o documento final da Rio+20 ser apenas uma declaração de princípios que reafirme os avanços de conferências anteriores, como a Eco-92. A ideia é tentar preservar o que foi conquistado nos últimos anos, não permitir retrocessos e conseguir, pelo menos no discurso, dar uma sinalização de possíveis avanços futuros.

O documento distribuído no início da manhã de hoje (19.jun.2012) mantém, de fato, um ponto polêmico que foi muito contestado nos últimos dias pelos países ricos: o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. O que é isso? É o princípio segundo o qual quem hoje é rico justamente porque no passado devastou o meio ambiente tem uma responsabilidade maior pela preservação do planeta. Isso foi acordado na Eco-92.

Embora esse tópico seja até apresentado como vitória pelo países pobres, nada mais é do que uma norma acertada há 20 anos.

Como o documento da Rio+20 vai mesmo ser bem comedido quando se trata de novidades, há cerca de 10 dias cogitou-se em Brasília a possibilidade de o Brasil patrocinar uma declaração paralela com o apoio de países que desejassem aderir a um discurso mais arrojado para o meio ambiente. Ontem (18.jun.2012), essa hipótese estava descartada.

O Blog ouviu de 2 ministros palacianos ontem no Riocentro, onde se realiza a Rio+20, que não seria diplomaticamente aceitável o Brasil embarcar numa estratégia que pudesse parecer beligerante aos demais participantes da conferência. Ao anfitrião do encontro caberá apenas tentar chegar ao mínimo denominador comum.

Para tentar salvar a imagem que a presidente Dilma Rousseff deseja propagar, ela própria deverá matizar os resultados da conferência no discurso que fará no encerramento do encontro.

Dentro do governo brasileiro é usado o seguinte raciocínio: é natural haver uma avaliação negativa quando um evento da proporção da Rio+20 se realiza; foi assim também ao final da Eco-92 e hoje muito se fala dos avanços daquela conferência.

Dilma estuda utilizar esse tipo de argumentação no seu discurso para defender os poucos pontos que serão considerados positivos na declaração final da Rio+20.

Do México, onde participa da reunião do G20, a presidente tem enviado instruções sobre como proceder. No Rio, os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) instruíam os negociadores brasileiros a tentar contornar a resistência da União Europeia a aceitar um texto que o bloco considerou fraco e desequilibrado para o lado da erradicação da pobreza –a negociação se estendeu até a madrugada de hoje.

Tudo considerado, o resultado da Rio+20 será mesmo como quase todos previam: bem moderado. Será mais para tentar manter conquistas já obtidas na área do meio ambiente e com pouco (ou nenhum) avanço concreto com poder vinculante, compulsório, para os países signatários.

(Blog do Fernando Rodrigues, 19/06/2012)


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