O cacique foi morto em ataque contra o acampamento Guaiviry, em Aral Moreira, em novembro de 2011
A Polícia Federal de Ponta Porã (MS) emitiu na manhã de sexta-feira (15) dez mandados de prisão preventiva contra suspeitos de envolvimento no ataque que resultou na morte de Nísio Gomes, cacique da comunidade Kaiowá Guarani do acampamento Tekoha Guaiviry. Pelo menos nove pessoas foram presas na delegacia da PF em Dourados (MS).
O ataque ocorreu em novembro do ano passado. Cerca de 40 pistoleiros encapuzados e armados invadiram o acampamento indígena em Aral Moreira, a 364 km de Campo Grande, e executaram o cacique com tiros de calibre 12. De acordo com relato dos indígenas, Nísio foi assassinado por pistoleiros contratados por fazendeiros, e, após os disparos, seu corpo foi levado.
A Polícia Federal, por sua vez, acredita que Nísio ainda possa estar vivo. Em nota, a corporação disse que a pequena quantidade de sangue encontrada no local onde o cacique foi alvejado indica que o ferimento não teria sido grave o bastante para causar sua morte.
O caso está tramitando em segredo de Justiça e, por isso, não foram divulgadas mais informações sobre o andamento dos mandados de prisão.
(Brasil de Fato, 18/06/2012)