(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
rio 2012/cúpula da terra mídia e sustentabilidade direito à informação
2012-06-19 | Rodrigo

O Brasil entregou na manhã desta terça-feira (19) o texto final da Rio +20 aos negociadores, após uma confusão que se arrastou pela madrugada e levou à suspensão das negociações às 2h20.

Uma plenária final para o exame do documento pelas delegações estava marcada para as 10h30 no Riocentro. Nela, qualquer delegação pode rejeitar propostas e se manifestar, discordando em relação a itens contidos no texto

Ontem, o Brasil entrou em choque com a União Europeia por causa do documento. A UE havia considerado a primeira versão do documento escrito pelo Brasil fraca e desequilibrada, pendendo demais para erradicação da pobreza e de menos para o pilar ambiental do desenvolvimento sustentável.

O bloco insistiu para que os brasileiros deixassem os pontos polêmicos para decisão em nível ministerial, mas o coordenador brasileiro da Rio +20, Luiz Figueiredo, insistiu em que o texto seria fechado naquela noite e convocou uma plenária às 23h para apresentá-lo.

Às 2h18, o chanceler Antônio Patriota, o secretário-executivo da conferência, Sha Zukang, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, convocaram os diplomatas que esperavam havia três oras no salão do Pavilhão 3 do Riocentro para comunicar-lhes que o texto estava pronto -- mas que só seria apresentado na manhã de hoje.

Mais cedo, Figueiredo havia reafirmado a decisão do Brasil de não esticar a conversa: "Isso foi abundantemente informado pelo país anfitrião muitas vezes na primeira plenária [domingo à noite], e é isso que vamos fazer. Vamos fechar e aprovar o documento esta noite."

Não aconteceu. A plenária de apresentação do texto foi adiada primeiro para meia-noite, depois indefinidamente, enquanto negociadores americanos riam da confusão e ministros europeus aguardavam comendo biscoitos no sofá e se queixando a jornalistas brasileiros sobre o mistério que cercava o documento.

A imprensa, aliás, foi um capítulo à parte dos acontecimentos da madrugada. Ao perceber a grande quantidade de jornalistas dentro da sala da plenária às 23h, a assessoria de imprensa do Itamaraty anunciou repentinamente uma mudança de sala. O objetivo era filtrar repórteres.

No tumulto formado por delegados correndo de um lado para o outro, porém, a imprensa acabou entrando também na outra sala. A "peneira", então, passou a ser "manual": diplomatas brasileiros fizeram uma varredura na sala da plenária, apontando os penetras aos seguranças da ONU, que convidaram-nos a se retirar.

Com o atraso na entrega do texto, porém, os delegados acabaram saindo logo depois dos jornalistas. A UE aproveitou para improvisar uma entrevista coletiva com suas principais autoridades, o comissário do Ambiente, Janez Potocnik, e a ministra do Ambiente da Dinamarca, Ida Auken, observada de longe por diplomatas brasileiros.

Eles rebateram sugestões dos países desenvolvidos de que estariam atrapalhando a discussão sobre finanças no texto e disseram que tempo de negociação não era o problema --e sim o nível de ambição do texto.

"O tempo nunca foi limitante para nós. Nós realmente achamos que 50 mil pessoas se juntaram aqui [no Rio] para fazer algo que mudaria o mundo. É com isso que temos de concordar", afirmou Potocnik. "Se pudermos fechar o texto em uma hora, ótimo. Senão, tudo bem. O que importa é substância."

Questionada pela Folha sobre se ainda defendia que o texto fosse levado a ministros para decisão, Auken afirmou: "Depende do quanto o nível de ambição for elevado aqui".

(Por Claudio Angelo e Claudia Antunes, Folha Online, 19/06/2012)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -