O consumo médio de energia dos brasileiros alcançou o nível mais alto em 2010: 52,9 gigajoules por habitante. O índice é o mais alto da história desde que o IBGE começou a fazer a medição, em 1992 e representa crescimento de 6% em relação ao recorde anterior, de 2008.
Os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS 2012), que o IBGE lança durante a Rio+20 nesta segunda-feira (18), traçam um panorama do país nas dimensões ambiental, social, econômica e institucional em 62 itens.
A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai até o dia 22 de junho, no Rio.
De acordo com IBGE, o aumento no consumo de energia per capita se deve à ampliação do acesso da população a bens de consumo e a serviços de infraestrutura essenciais. A medida da eficiência energética, que relaciona o consumo de energia com o PIB, tem se mantido estável ao longo dos anos.
Energia de fonte "limpa" chega a 45,5%
Em 2010, 45,5% da energia utilizada no Brasil veio de fontes renováveis, em especial dos derivados da cana-de-açúcar (17,8%), da hidreletricidade (14%) e do carvão vegetal (9,7%). No entanto, a matriz energética brasileira continua dependente, em grande parte, de fontes não renováveis.
Entre as fontes de energia não renováveis, aumentou a proporção do gás natural (de 8,7% em 2009 para 10,8% em 2010) e do carvão mineral e seus derivados (de 4,7% para 5,2%). A participação de petróleo e derivados ficou estável no período, de pouco menos de 38%, enquanto a da energia nuclear advinda do urânio permaneceu em 1,4%.
Nesse ritmo, as reservas de petróleo brasileiro durariam mais 19 anos e as de gás natural, 18 -- espera-se uma revisão desse número para cima, por causa das descobertas de reservas no pré-sal.
(UOL, 18/06/2012)