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rio 2012/cúpula da terra Celulose sustentabilidade
2012-06-13 | Rudson
Setor de celulose e papel quer debater crédito de carbono florestal e biotecnologia arbórea na Rio+20

Serão dois eventos com participação de autoridades mundiais, que abordarão o papel da indústria de base florestal na agenda do desenvolvimento sustentável

 


São Paulo, junho 2012 – A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA) e a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) promoverão, durante a Rio+20, o seminário Forests: the Heart of a Green Economy (18/6), enquanto o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), o International Chamber of Commerce (ICC) e o UN Global Compact promoverão o Business Day (19/6). Em ambos os eventos, representantes das empresas de celulose e papel e da Bracelpa defenderão a adoção de mecanismos que visam à produção cada vez mais sustentável no setor, a partir da valorização do carbono florestal e da utilização da biotecnologia arbórea.

Em relação ao primeiro ponto, estimativas indicam que o setor de base florestal brasileiro estoca aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e), considerando somente o carbono das áreas de florestas plantadas, ou seja, em 7,0 milhões de hectares, dos quais 2,2 milhões de hectares são destinados à produção de celulose e papel. As estimativas não incluem as áreas de conservação mantidas pelo setor – reserva legal, áreas de preservação permanente, entre outras –, de aproximadamente 2,9 milhões de hectares. Para se ter uma ideia, esse estoque equivale a mais da metade de todas as emissões do Brasil em 2005, que foram de cerca de 2,18 bilhões de tCO2e.

Para promover a valorização econômica dos benefícios climáticos e socioambientais, o setor brasileiro de celulose e papel está desenvolvendo, em conjunto com diversas organizações da sociedade civil, a Iniciativa Brasil Florestas Sustentáveis. Trata-se da estruturação e implantação de um programa estratégico para o cultivo adicional e manejo sustentável de florestas industriais, de maneira integrada à proteção e à conservação de florestas nativas, como alternativa de mitigação das mudanças climáticas e de promoção do desenvolvimento territorial sustentável.

Este projeto está de acordo com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto, e poderá servir de base para iniciativas-piloto em larga escala, bem como para políticas e programas setoriais mais amplos. Além disso, poderá colaborar com os compromissos voluntários, assumidos pelo governo brasileiro em 2009, durante a COP-15, para mitigar os efeitos do aquecimento global.  

Assim, o setor espera conjugar a valorização dos benefícios climáticos e socioambientais – inclusive por meio de créditos de carbono – com a necessidade e o desafio de expandir a base florestal brasileira no contexto da economia verde. “Não se trata apenas de ações potenciais ou necessidades brasileiras. Estimativas da FAO apontam que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o planeta dependem de biomassa florestal para sobrevivência, o que deixa claro a necessidade de incrementar os esforços de coordenação e cooperação internacional nessa área”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

Nesse sentido, o Brasil pode atuar como protagonista na difusão de experiências importantes para outros países em desenvolvimento, a fim de fomentar a economia verde com base nas sinergias entre a mitigação da mudança do clima e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Benefícios econômicos, sociais e ambientais da biotecnologia arbórea

Em fase de testes desenvolvidos por acadêmicos, cientistas e institutos de pesquisa de renome internacional, a biotecnologia arbórea ainda não é utilizada em escala comercial. No entanto, essa tecnologia vem se destacando em outras áreas do agronegócio, e pode representar uma oportunidade para produzir mais sem esgotar as fontes de matéria-prima, destacando-se como alternativa para atender a demandas da população mundial crescente por alimentos, biocombustíveis, fibras e florestas, os chamados 4Fs (food, fuel, fiber and forests).

Segundo a International Service for the Acquisition of Agro-Biotech Application (Isaaa), a biotecnologia foi a tecnologia agrícola mais adotada nos últimos 10 anos, com área atual plantada 94 vezes maior do que a existente em 1996, distribuída em 29 países. Hoje já existem mais de 160 milhões de hectares de culturas agrícolas transgênicas cultivadas mundialmente, e o Brasil ocupa o segundo lugar do ranking de área plantada com organismos geneticamente modificados (OGMs), com mais de 30 milhões de hectares.

Para a consultoria de valoração e precificação Ceteris, os benefícios da biotecnologia já quantificados e acumulados de 1996 a 2010 incluem incremento no volume e valor de produção, que atingiu US$ 78 bilhões; provisão de melhorias ambientais, por evitar o uso de 443 milhões de kg de ingrediente ativo de pesticidas; conservação da biodiversidade, por evitar que 91 milhões de hectares adicionais de terras fossem destinados à agricultura; redução da pobreza por meio de programas para 15 milhões de pequenos produtores; e redução de emissão de 19 milhões de toneladas de CO2, somente em 2010.

No tripé da sustentabilidade, o setor de florestas plantadas, celulose e papel acredita que a contribuição da biotecnologia em plantações florestais virá principalmente em forma de estímulo a novos investimentos, redução de custos de produção e riscos de perdas, além de aumento de competitividade. No campo social, se dará no atendimento de demandas geradas pelo crescimento da população mundial, educação e capacitação profissional, e geração de emprego e renda. Para o meio ambiente, facilitará o controle de pragas e doenças, com aumento potencial da produtividade da madeira e redução do consumo de recursos naturais, além de incentivar a implantação de sistemas agroflorestais.

Diante desse cenário, o setor brasileiro de florestas plantadas, celulose e papel defende a inclusão do tema biotecnologia na agenda da Rio+20. “O Brasil tem muito a contribuir nesse debate, por sua reconhecida excelência no manejo florestal, por ser um grande produtor agrícola e possuir terras disponíveis para atender parte significativa da demanda mundial por alimentos, biocombustíveis e produtos florestais”, avalia Elizabeth.

O objetivo do setor é que governos e organizações participantes da Rio+20 reconheçam os avanços científicos resultantes de estudos e pesquisas da aplicação da biotecnologia como uma das ferramentas essenciais para a solução dessas demandas futuras. “Além disso, é fundamental que avaliem, ampla e conjuntamente, os riscos e oportunidades do uso da biotecnologia no contexto das propostas para o desenvolvimento sustentável”, completa a presidente executiva da Bracelpa.

Eventos

Serão debatidos o papel das florestas plantadas na construção da economia verde e a contribuição das atividades de base florestal no desenvolvimento sustentável e na erradicação da pobreza.

Forests: the Heart of a Green Economy
Organizadores: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA) e Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa)
Data: 18 de junho – das 8h30 às 18h30
Local: Espaço Ribalta - Av. das Américas, 9650, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ
Inscrições: http://www.fao.org/forestry/trade/76571/en/

Rio+20 Business Day
Organizadores: World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), International Chamber of Commerce (ICC), UN Global Compact
Data: 19 de junho – das 8h00 às 18h00
Local: Windsor Barra Hotel – Av. Lúcio Costa, 2630 - Barra da Tijuca Rio de Janeiro – RJ
Inscrições encerradas

Mais informações:
Associação Brasileira de Celulose e Papel – Bracelpa


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