Pesquisadores do centro de inovação de Recife, Instituto C.E.S.A.R., desenvolveram uma tecnologia que faz com que os pivôs de irrigação economizem água nas plantações e gerem uma redução no consumo suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.
O equipamento, instalado na base fixa de cada pivô, realiza a coleta contínua de informações sobre o funcionamento da unidade (velocidade, posicionamento, direção do deslocamento, pressurização). Estes dados são transmitidos por meio de tecnologias sem fio (GSM e Rádio) para um data center, o qual disponibiliza via Internet e em celulares uma completa visibilidade do funcionamento dos pivôs, além de permitir acionamento remoto do equipamento. O sistema também oferece alertas que são enviados de forma imediata via SMS e/ou e-mail em casos de mau funcionamento do pivô ou de roubo do cabo de alimentação do braço do pivô. O sistema também disponibiliza todo o histórico de informações detalhadas sobre o funcionamento do equipamento.
“A ideia nasceu de um desafio: aumentar a oferta de alimentos sem aumentar a necessidade dos dois principais recursos nessa área, que são terra e água”, explicou Victor Nogales, coordenador do projeto. “Além disso, levamos em conta o perfil do brasileiro. Não podíamos criar uma solução sofisticada e cara, porque não funcionaria”, ressalta. O desenvolvimento do projeto durou cerca de dois anos e envolveu mais de 10 pessoas. Em teste desde janeiro deste ano, a expectativa é que a solução esteja no mercado até o final de 2012.
Para se ter uma ideia, a água utilizada por dia para irrigar um hectare com pivô central corresponde à quantidade necessária para atender 200 pessoas diariamente. O pivô irriga em média 50 hectares, o que corresponde ao abastecimento de uma cidade de 10 mil habitantes.
Neste contexto, o grande problema dos pivôs centrais no Brasil é a precariedade no seu manejo e a falta de informações confiáveis. Todo o processo é manual e está bastante suscetível a falhas. Atualmente um funcionário percorre de moto as grandes distâncias entre pivôs para verificar seu funcionamento e realizar a sua programação. Se cada um dos 12.000 pivôs instalados no Brasil funcionar por mais 10 minutos além do previsto teremos um desperdício de água suficiente para abastecer uma população de 800 mil pessoas por um dia.
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(Por Rodrigo Fayad, texto recebido por E-mail, 08/06/2012)