A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançou hoje (5) o Polo Bioinovar, que reúne diversos laboratórios da instituição, integrando pesquisas em áreas de biotecnologia. De acordo com a pesquisadora Alane Beatriz Vermelho, que coordena a unidade de biocatalizadores e bioprodutos do polo, trata-se de uma plataforma de interação do setor produtivo que vai fortalecer o desenvolvimento de tecnologia nacional.
“Esse projeto vai favorecer a pesquisa aplicada com o objetivo de gerar matérias-primas que possam interessar empresas. Elas, por meio de convênios com o Bioinovar, receberão a transferência da tecnologia para fabricar os produtos que serão, consequentemente, utilizados pela sociedade”, explicou.
“Esses produtos podem ser cosméticos, fármacos, uma nova tecnologia de fermentação para biocombustível, entre outros”, acrescentou.
A pesquisadora enfatizou que a iniciativa pode contribuir para a redução do valor final de diversos produtos, como medicamentos. Entre as linhas de pesquisa está a de biofármacos, voltada para a criação de matérias-primas que subsidiem a fabricação de remédios no Brasil, sem a necessidade de importação ou quebra de patentes de medicamentos produzidos no exterior.
“A fabricação desses produtos no Brasil pode contribuir para a redução dos preços, como o que ocorreu com os genéricos na indústria farmacêutica. Se você produzir uma enzima brasileira para colocar na ração de animais, por exemplo, sai muito mais barato do que comprar uma enzima importada”, destacou.
As outras unidades, além da de Biofármacos e Dispositivos Biomédicos, que vão compor o polo são: Biocombustíveis; Biocatalizadores e Bioprodutos; e Ecologia Microbiana e Biotecnologia do Petróleo.
Alane Beatriz Vermelho explicou que todos os laboratórios que integram o polo já desenvolvem pesquisas isoladamente. O local que vai consolidar a integração entre eles está sendo definido pela universidade, segundo informou.
(Por Thais Leitão, com edição de Lílian Beraldo, Agência Brasil, 05/06/2012)