Publicação tem versões em inglês e português e pode ser baixado na web. Guia foi lançado, nesta quarta-feira (30), em cerimônia no Rio de Janeiro
O Guia Rio+20, publicação que reúne as principais informações da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, foi lançado nesta quarta-feira (30), em uma cerimônia na Zona Sul do Rio de Janeiro. O guia tem versões em inglês e português e será distribuído gratuitamente nos locais de palestras da Rio+20, que acontece de 13 a 22 de junho.
O conteúdo também pode ser baixado no site do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
O guia reúne os objetivos dos encontros da Rio+20, os locais de conferências, além de explicar a atuação do governo, sociedade civil e iniciativa privada nas discussões sobre sustentabilidade e economia verde, dois conceitos fundamentais que estarão em pauta no evento.
Mais de 100 chefes de estado devem participar de reuniões no Riocentro, nos dias 20,21 e 22 de junho. Na mesa de discussões serão abordados temas como emprego, energia, alimentos, água e cidades.
Caminhos para a sustentabilidade
Outro destaque do guia Rio+20 é o Visão Brasil 2050, uma nova agenda para as empresas, baseado no documento internacional do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). A agenda pretende apontar o caminho necessário para se alcançar um mundo sustentável para os próximos 40 anos.
O lançamento do guia Rio+20 foi antecedido por um debate com especialistas em economia verde e desenvolvimento sustentável. Participaram do encontro a jornalista da TV Globo, Ana Paula Araújo, a presidente executiva do CEBDS, Marina Grossi, a superintendente de sustentabilidade do Banco Itaú, Denise Hills, além do presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin.
Marina Grossi ressaltou a importância da adoção de políticas públicas para a mudança de cenário.
“A sustentabilidade é o único caminho para as empresas sobreviverem, ninguém tem dúvida quanto a isso. Está mudando a qualificação do Produto Interno Bruto de um país, isso significa que para você ver a riqueza de um país, não será apenas por produtos e serviços, mas outros elementos, como qualidade de vida, impacto ambiental e social. Isso também vai estar no preço das empresas. Elas sabem que vão ser mais cobradas, que terão medidas regulatórias mais fortes, isso já acontece em vários países”, frisou Grossi.
Diferenças após 20 anos
Israel Klabin comentou as principais diferenças entre a Rio 92 e a Rio+20. Para o presidente da FBDS, na conferência realizada há 20 anos, a preocupação era com os efeitos da poluição ao meio ambiente. Em 2012, ele argumenta que as principais discussões serão em torno das causas dos problemas sócio-ambientais.
“Se pensarmos bem, de 1992 para cá, o mundo melhorou sob o ponto de vista econômico e social, mas piorou muito o sob o ponto de vista ambiental. Acho que agora nós podemos reverter a pergunta sobre o que é a sustentabilidade, para saber quais são as causas da insustentabilidade. Espero que essa seja a agenda Rio+20”, disse Israel Klabin.
(Por Tássia Thum, G1, 30/05/2012)