Estudo analisou capacidade de espécies para se deslocar a outro habitat. Primatas estão entre os mais afetados, apontam pesquisadores
Pesquisadores americanos concluíram que cerca de 9% das espécies de mamíferos do Hemisfério Ocidental podem não conseguir se deslocar para habitats seguros em reação às mudanças climáticas. O estudo foi publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Com o aquecimento global, diversas regiões terão seu ambiente alterado, tornando-se inabitáveis para determinados mamíferos. A pesquisa calculou quanto tempo essas espécies demorariam para se deslocar para outras áreas que tivessem as características necessárias para sua sobrevivência. Os cientistas calcularam que cada espécie se deslocaria de habitat uma vez por geração, e comparou o resultado com a velocidade das transformações ambientais.
Uma das conclusões é que, em especial os primatas, como os macacos-aranha e os saguis, podem ser bastante afetados, assim como o grupo que inclui as toupeiras e musaranhos. Carnívoros como coiotes e lobos têm maior propensão a se “safarem” do aquecimento global.
No caso dos macacos, um fator que os faz migrar mais lentamente é o fato de demorarem para amadurecer sexualmente, o que diminui o índice de dispersão de suas populações. A pesquisadora Carrie Schloss, da Universidade de Washington, calcula que 75% dos primatas do continente americano devem ter seus habitats severamente reduzidos em decorrência das mudanças climáticas. Ao todo, 493 de espécies de mamíferos foram analisadas.
(G1, 16/05/2012)