Entre os signatários, estão o International Financial Corporation (IFC), bancos, empresas e instituições de países como os EUA, Grã-Bretanha, África do Sul e México
Mais de 20 instituições financeiras, incluindo órgãos multilaterais, assinaram ontem em Washington a Declaração do Capital Natural, que busca mostrar a preocupação do setor com o meio ambiente às vésperas da Rio+20.
Entre os signatários, estão o International Financial Corporation (IFC), que é um braço do Banco Mundial, bancos, empresas e instituições financeiras de países como os EUA, Grã-Bretanha, África do Sul e México.
O anúncio acontece paralelamente aos debates em Nova York para o documento a ser debatido na Rio+20, que ocorre em junho, no Brasil. Amanhã, a segunda rodada de negociações se encerra e deve ser divulgado um comunicado com os avanços ao longo das duas últimas semanas.
A Declaração do Capital Natural é vista como um dos pontos-chave para a Rio+20, quando será oficialmente lançada. O objetivo é "mostrar o compromisso em direção à integração de um critério de capital natural para produtos e serviços no século 21".
Segundo os organizadores, "o Capital Natural incorpora todos os ativos naturais da Terra (solo, ar, água, flora e fauna) e todos seus serviços ecossistêmicos, que tornam possível a existência de vida humana. Produtos e serviços provenientes do Capital Natural valem trilhões de dólares por ano e constituem alimentos, fibras, água, saúde, energia, segurança climática e outros serviços essenciais a todos".
Por este motivo, diz o comunicado, "é preciso fortalecer a importância do capital natural para a manutenção de uma economia global sustentável, ao pedir para os setores privado e público um trabalho conjunto neste sentido".
Segundo o presidente do IFC, Lars Thunell, o órgão ligado ao Banco Mundial "está firmemente comprometido em proteger o meio ambiente. Essa declaração convoca o setor público e o setor privado a trabalhar juntos para criar as condições necessárias para manter e reforçar o Capital Natural como um ativo crucial, do ponto de vista econômico, ecológico e social".
(O Estado de S.Paulo, 03/05/2012)