Desde a crise de Fukushima, japoneses já desativaram, temporária ou definitivamente, 54 unidades atômicas
Neste sábado (05/05), o Japão entrará num blecaute atômico completo com a paralisação do último reator nuclear em atividade no país, o número 3 da usina de Tomari, na província de Hokkaido, que passará por uma revisão após a crise na central de Fukushima.
A operadora da central de Tomari, a Hokkaido Electric Power, completará a interrupção do último reator ativo do complexo às 23h de amanhã (horário local), o que fará com que o Japão não conte com nenhuma das 54 unidades atômicas que funcionavam antes do acidente.
Desde que o terremoto e o posterior tsunami de 11 de março de 2011 arrasaram o nordeste do país, provocando a crise nuclear na central de Fukushima Daiichi, o Japão procedeu o fechamento paulatino - por revisão ou motivos de segurança - de todos os seus reatores nucleares.
Após o início da crise, o país asiático, que antes do acidente dependia em cerca de 30% da energia nuclear, impôs novos testes de resistência aos reatores para determinar sua segurança no caso de haver uma catástrofe natural similar à de março de 2011.
Neste sentido, o principal objetivo do Governo é poder reiniciar os reatores nucleares que superarem os testes, já que teme a falta de provisão energética, sobretudo no caloroso verão japonês, quando a demanda atinge seu máximo.
(EFE / Opera Mundi, 04/05/2012)