Documento do Banco Mundial sugere que cheias causaram prejuízos equivalentes a mais de US$ 40 bilhões em todo o mundo
Um novo relatório do Banco Mundial revela, que em 2010, cheias em todo o mundo atingiram 178 milhões de pessoas. No documento, divulgado nesta segunda-feira, em Genebra, o órgão revela que as enchentes causaram um prejuízo de mais de US$ 40 bilhões, equivalentes a R$ 72 bilhões. O documento, que foi publicado em forma de livro, "Cidades e Enchentes: Um Guia para o Manejo do Risco de Enchentes Urbanas para o século 21", informa que os países frágeis são os que mais sofrem com as cheias.
Segundo o Banco Mundial, cidades estão quase sempre localizadas em áreas costeiras, e têm alta concentração de pessoas e bens.
Nova York, nos Estados Unidos, Bangkok, na Tailândia e Brisbane na Austrália são algumas cidades que foram vítimas recentes de grandes enchentes. Outros fatores que contribuem ao risco são a mudança climática, o aumento da população e a urbanização.
A publicação sugere uma "abordagem integral" para combater of efeitos dos desastres naturais. Esse plano inclui medidas estruturais e de alerta. Para o Banco Mundial, um programa equilibrado, inclui investimentos em drenagem urbana, proteção de pântanos e áreas verdes, e também planejamento e sistemas de alerta.
O chefe de comunicação da agência da ONU de Combate ao Risco, Denis McLean, disse que embora a mortalidade por enchentes tenha diminuído, os riscos econômicos têm aumentado em todos os países. Os mais pobres têm menos capacidade de absorver e se recuperar de perdas devidas a desastres naturais.
(Por Camilo Malheiros Freire, Rádio ONU / Instituto CarbonoBrasil, 27/04/2012)