Ontem, perguntei para um moça que conhece o município de São Gabriel da Cachoeira (AM), que abriga + ou - 60 etnias indígenas, em que local poderia conhecer as chamadas Malocas, as tradicionais residências índigenas - altas, feitas de palhas, ocupadas coletivamente.
Ela respondeu, que não existem mais, elas foram subistituídas por casas. Só os Ianomamis de Roraima, ainda vivem assim.
Aquela Amazônia, santuário ecologico, não existem mais: por aqui índio, não quer mais apito, mais sim Ipad.
Os padres, ou pastores, tem grande influência entre os índios. Eles impõem o cristianismo e acabam interferindo na cultura original dos índios, com a desculpa que estão evangelizando, salvando suas almas. Como no caso da flauta, que para os religiosos é uma prática pagã, quase santânica.
Mas os índios, não são ingênuos, eles preferem os padres do que os madeireios, posseiros, traficants e outros.
No modo de ver dos brancos todos os índios sãos iguais, bonzinhos que defendem a natureza. Mas mesmo entre eles, tem classes de acordo com a tecnologia que dominam. Quero dizer, os Tukano são os fodões, depois vem os Baniwa, Tariano e outros (etnia não vai para o plural).
Conheci um Tariano, que se vangloriava de ter casado com uma Baniwa.
Também os índios que moram no beiradão dos rios, exploram os índios do interior da floresta, chamados Macu. Por exemplo, eles trocam dez pacas, por um facão.
Conheci outro Tariano, que falava de uma tribo que morava perto da casa dele, que viviam praticamento no meio da lama, as crianças cominham no chão. Ele disse que tentantam educar aquelas pessoas, mas eles preferiam viver com porcos.
Resumindo, na Amazônia a ingenuidade acabou faz muito tempo.
(Por Celso Gick, 25/04/2012)