Mancha foi encontrada a 210 km da cidade de Nova Orleans. Companhia informou que não há problema nas plataformas em alto mar
A petrolífera anglo-holandesa Shell anunciou nesta quinta-feira (12) que não encontrou "nenhum sinal" de vazamento em suas plataformas situadas em uma região do centro do Golfo do México, onde havia informado anteriormente que tinha sido detectada uma leve camada de petróleo.
"Uma inspeção em profundidade das instalações da Shell revelou que até agora as operações na região são normais, sem nenhum sinal de vazamento", declarou a empresa em um novo comunicado enviado à bolsa de Londres.
"Também confirmamos que não há problemas de controle nos poços associados com nossas operações de perfuração na região", acrescentou.
A Shell e a Guarda Costeira americana tinham informado anteriormente que estavam investigando a origem de uma mancha oleosa de quase 26 km² detectada entre duas plataformas operadas pela companhia anglo-holandesa.
Mancha
A mancha, situada 210 km a sudeste da cidade de Nova Orleans (Louisiana), foi estimada pela Shell em seis barris. A empresa assegurou que embora tenha "plena confiança" em que a mancha não foi causada por suas operações, continuará cooperando com as autoridades correspondentes para determinar sua causa.
Graças a este novo anúncio, a ação da Shell pôde reduzir as perdas que tinha sofrido durante a sessão na bolsa de Londres, e fechar em baixa de 0,75%, em um mercado em alta de 1,34%.
A região do Golfo do México não se recuperou ainda da maré negra provocada em 2010 pela explosão de uma plataforma da petroleira britânica BP, que afetou a costa de vários estados do sul, incluindo a Louisiana, tornando-se o pior desastre ecológico da história dos Estados Unidos.
A explosão da Deepwater Horizon ocorreu em abril de 2010 e causou o vazamento de 4,9 milhões de barris de óleo (780 milhões de litros), segundo o governo americano. Apenas 10% do óleo que vazou atingiu a costa. Entretanto, a chamada "maré negra" atingiu 1.600 km do litoral da Flórida, Mississipi e Alabama.
(AFP / G1, 12/04/2012)