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mercado de carbono MDL redd
2012-04-09

Muitos desenvolvedores de projetos estão retraindo sua participação no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, porém o otimismo quanto a esquemas emergentes como o REDD é grande, segundo a Thomson Reuters Point Carbon

A pesquisa de opinião anual da consultoria Thomson Reuters Point Carbon, realizada desde 2005, divulgada nesta quarta-feira (28), demonstrou uma mudança significativa do sentimento dos envolvidos no mercado de carbono, sinal que a crise nos preços e o excesso de permissões disponíveis na Europa estão realmente afetando a credibilidade na ferramenta.

Pela primeira vez, os questionados se mostraram favoráveis à intervenção no esquema europeu de comércio de emissões (EU ETS) e afirmaram que o custo do carbono agora é menos influente em suas decisões de investimento.

Uma porcentagem menor dos questionados argumentou que o EU ETS causou reduções de emissão e defendeu o esquema como sendo a forma mais efetiva para tal. Colocando fim à curva ascendente de pessoas que acreditam que o EU ETS está maduro, a pesquisa deste ano se mostrou estável neste quesito.

“O público em geral pode pensar que os atuais preços baixos significam que o EU ETS não está funcionando. Entretanto, não é exatamente o mercado em si que falhou, mas os valores baixos do carbono refletem o fato de que não é preciso reduções adicionais para alcançar a meta da União Europeia para 2020. O que leva à questão: as metas de redução devem ser mais ambiciosas?”, explicou Carina Heimda, da Thomson Reuters Point Carbon.

Algum tipo de intervenção no mercado europeu de carbono é sem dúvida necessária para recuperar a sua confiabilidade e efetividade. As discussões neste sentido são amplas tanto no executivo e legislativo do bloco quanto internamente nos países membros, apontando muito provavelmente para a retenção de uma quantidade ainda indeterminada de permissões de emissão do mercado.

A tendência de intervenção através da aprovação de leis que deem suporte aos preços do carbono é muito forte, pondera Carina, um caminho já tomado nos novos esquemas que surgem ao redor do globo, como Califórnia, Austrália e Quebec.

MDL
Em oposição às opiniões pessimistas quanto ao EU ETS, no quesito MDL cerca de 36% dos questionados acreditam ser esta a forma mais custo-efetiva de reduzir emissões em países não Anexo I do Protocolo de Quioto. No ano passado, o índice era de 31%.

A maturidade do MDL ainda é vista com certa desconfiança, com apenas 28% das pessoas dizendo que ele é maduro, apesar de este número ser um avanço grande em relação aos 19% registrados em 2011. Heimdal atribui este crescimento, ao menos em parte, a procedimentos mais rápidos e eficientes e ao maior uso de linhas de base padronizadas.

Um foco de preocupação é a retração no envolvimento dos investidores com o MDL, certamente influenciada pelos preços baixos das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), mas também pela demanda reduzida na UE.

A Thomson Reuters Point Carbon prevê que 4,313 bilhões de RCEs e ERUs (créditos da Implementação Conjunta) sejam emitidos no período 2008-2020, enquanto a demanda deve ser de 3,250 bilhões.

“O excedente seria de aproximadamente um bilhão de créditos, que poderia ser reduzido consideravelmente se as propostas de retenção fossem introduzidas”, completou Heimdal.

Mercados paralelos
A grande aposta dos pesquisados é nos mecanismos emergentes: 70% acreditam na geração de créditos através do mecanismo de redução das emissões por desmatamento e degradação (REDD) e outros acordos bilaterais.

As expectativas para o início do esquema na Califórnia em 2013 fizeram com que 31% dos questionados tenham iniciado planos para o corte de emissões. As projeções de preço para as permissões de carbono do Estado (CCAs) indicam uma faixa entre US$ 10-15.

Apenas um quarto dos pesquisados acredita que o esquema da Austrália não começará como planejado, em 2015, refletindo a oposição ferrenha que a primeira-ministra Julia Gillard enfrenta domesticamente. A Thomson Reuters Point Carbon crê que o esquema deve seguir como pretendido, porém que pode haver mudança no piso/teto dos preços.

Quanto aos esquemas de cap-and-trade anunciados na China, as dúvidas são muitas, especialmente sobre a sua efetividade e transparência.

“Em nossa visão, existe uma gama de barreiras.... incluindo um setor energético altamente regulado, o crescimento rápido das usinas à carvão, o papel dos setores de aço e cimento no mercado de trabalho e a dificuldade de coleta dos dados de emissões de muitas unidades nestes setores”, comentou Hongliang Chai, analista da Thomson Reuters Point Carbon.

Intrigante foi a resposta de 44% dos pesquisados acreditando que o Japão terá um esquema cap-and-trade nos próximos dez anos, seguido da China, Coreia do Sul e Brasil. “Então, claramente, eles acreditam que o foco do comércio de emissões ao longo da próxima década será a região Ásia-Pacífico”, concluiu Heimdal.

(Por Fernanda B. Müller, Instituto CarbonoBrasil, 28/03/2012)


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