Em fevereiro de 2012, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) detectou 107 km² de desmatamento na Amazônia legal. Isso representou um aumento de 59% em relação a fevereiro de 2011 quando o desmatamento somou 67 km².
O desmatamento acumulado na Amazônia Legal, no período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012 totalizou 708 km². Houve redução de 23% em relação ao período anterior (agosto de 2010 a fevereiro de 2011) quando o desmatamento somou 922 km².
Em fevereiro de 2012, a maioria (65%) do desmatamento ocorreu em Mato Grosso. O restante ocorreu em Rondônia (12%), Amazonas (10%), Roraima e Pará (7% cada). Segundo o Imazon, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram somente 95 km² em fevereiro de 2012.
Em comparação a fevereiro de 2011, quando a degradação florestal somou 112 km², houve redução de 15%. A maioria (70%) ocorreu em Mato Grosso seguido por Rondônia (15%), Roraima (9%), Pará (5%) e Amazonas (1%).
A degradação florestal acumulada foi 1.528 km² para o período de agosto de 2011 a fevereiro 2012. Em relação ao período anterior (agosto de 2010 a fevereiro de 2011), quando a degradação somou 3.814 km², houve redução de 60%. As maiores reduções foram no Acre (-98%), Amazonas (-87%), Rondônia (-84%) e Pará (-69%).
Em termos absolutos, o Mato Grosso lidera o ranking da degradação florestal acumulada com 1.169 km² (77%), seguido de longe pelo Pará com 232 km² (15%) e o restante – Rondônia (90 km²), Amazonas (19 km²), Roraima (15 km²), e Acre (3 km²).
Em fevereiro de 2012, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 6,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
No acumulado do período (agosto 2011 – fevereiro de 2012) as emissões de C02 equivalentes comprometidas com o desmatamento totalizaram 47 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 14% em relação ao período anterior (agosto de 2010 a fevereiro de 2011).
O SAD monitorou somente 24% da área florestal na Amazônia Legal em fevereiro de 2012. Os outros 76% estavam cobertos por nuvens, o que dificultou o monitoramento na região.
(Por Altino Machado, Terra Magazine / Amazonia.org.br, 19/03/2012)