(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
emissões de co2 mercado de carbono plano climático
2012-02-15 | Rodrigo

Brasil, África do Sul, Índia e China formalizaram sua opinião contrária à entrada de companhias de aviação estrangeiras no mercado de carbono europeu, medida que chamaram de unilateral e que violaria as leis internacionais

Reunidos em Nova Deli, na Índia, para discutir as futuras estratégias climáticas do bloco, os países que formam o BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) aproveitaram para se posicionar de forma contrária à inclusão do setor aéreo no comércio de permissões de emissões da União Europeia (EU ETS).

Em uma declaração conjunta, os quatro países afirmaram estar preocupados com a decisão europeia que segundo eles “viola as leis internacionais, incluindo princípios da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC)”.

“Percebemos que a ação unilateral da União Europeia foi tomada mesmo com grande oposição internacional e, dessa forma, prejudica seriamente os esforços internacionais para combater as mudanças climáticas”, continua a nota.

O principal negociador climático da China, Xie Zhenhua, criticou a intransigência europeia. “Após a decisão da UE, a China tentou conversar em diferentes níveis, mas sem sucesso. Uniremos todos os países alinhados conosco para tomar ações rigorosas contrárias ao posicionamento europeu.”

A ministra de Meio Ambiente da Índia, Jayanthi Natarajan, afirmou que a taxa de carbono para companhias aéreas internacionais era “uma medida comercial unilateral disfarçada, que apenas se aproveita do tema das mudanças climáticas”.

A comissária climática da UE, Connie Hedegaard, não perdeu tempo e já rebateu as críticas do BASIC. “O argumento de ser uma medida unilateral não é válido. Todos sabem como a Europa tem lutado para manter o sistema de negociações multilaterais sob a ONU nas conferências climáticas. Todos sabem que são outros países que se opõe a isso.”

“Se as nações não concordam com nossa decisão, porque não propõem para a Organização Internacional de Aviação Civil outras formas para controlar as emissões do setor aéreo?”, continou Hedegaard.

Sob o EU ETS, no primeiro ano as companhias serão obrigadas a pagar por 15% do carbono que emitirem, um custo que a UE calcula que adicionará apenas €1,5 ao custo de uma passagem de Londres a Nova York e somente €2 para uma entre Pequim e Frankfurt.

As companhias que não pagarem por suas emissões serão multadas em €100 para cada tonelada de carbono que emitirem. Em caso de reincidência, a UE pode banir as empresas dos seus aeroportos.

A China anunciou no começo deste mês que suas empresas não pagarão por suas emissões e o congresso dos Estados aprovou um projeto de lei, que ainda precisa ser assinado pelo presidente Barack Obama, que tem como objetivo a isenção da cobrança.

Protocolo de Quioto
O encontro do BASIC revisou as decisões tomadas na Conferência do Clima de Durban (COP17), no fim do ano passado, e voltou a defender o Protocolo de Quioto como uma ferramenta útil para o combate às mudanças climáticas.

A decisão do Canadá de abandonar Quioto foi criticada. “Qualquer tentativa dos países desenvolvidos de deixar de lado seus compromissos legalmente assumidos, afeta seriamente a credibilidade e a sinceridade das respostas à crise climática”, afirma a declaração do BASIC.

O principal negociador da África do Sul, Alfred James Wills, afirmou que o bloco vai continuar a lutar para que o Canadá reconsidere sua decisão. “Nenhum país tem o direito de minar a integridade do Protocolo de Quioto.”

O representante do ministério do Meio Ambiente do Brasil na reunião, Francisco Gaetani, cobrou que não se pode esquecer a necessidade de promover "a inclusão social" na luta contra a mudança climática.

O próximo encontro ministerial do BASIC será realizado na África do Sul no segundo trimestre.

(Por Fabiano Ávila, Instituto CarbonoBrasil, 15/02/2012)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -