Em evento no RJ, assistente da presidência confirma obras só para 2013. Plano de novos complexos deveria ficar pronto em março do ano passado
O plano para a construção de novas usinas nucleares no Brasil deve atrasar até um ano e meio, segundo estimativa feita nesta quarta-feira (8) pelo assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
A previsão inicial era de que a definição do plano estivesse pronta em maio de 2011, mas o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, acabou adiando o processo. "Poderíamos atribuir um atraso de um ano a um ano e meio para as novas usinas", disse Guimarães.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil pretende implantar quatro novos complexos atômicos, sendo dois no Nordeste e mais dois no Sudeste.
Angra 3
Durante o terceiro seminário de energia nuclear realizado no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que o grupo vencedor da licitação das obras de montagem eletromecânica da usina de Angra 3 deve assumir o projeto em maio deste ano. "A expectativa é de que em maio a empreiteira (vencedora) já esteja no canteiro", afirmou.
A montagem eletromecânica foi dividida em dois contratos: um para atividades de edificação e estrutura dos sistemas convencionais da usina e outro para o sistema de geração de vapor por fonte nuclear. As empresas poderão participar do leilão de forma isolada ou em consórcio com até quatro empresas.
A Eletronuclear, responsável pelo empreendimento, estima o custo dos serviços em R$ 1,93 bilhão. O complexo de Angra 3, localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, também está sob a responsabilidade da companhia alemã Siemens. Com custo de R$ 6,1 bilhões, a usina deve entrar em operação em dezembro de 2015.
(G1, com informações da Agência Estado, 08/02/2012)