Um vazamento de gás nas instalações do frigorífico Marfrig, no Mato Grosso do Sul, provocou uma explosão e intoxicou trabalhadores nesta terça-feira (31). O comandante do Corpo de Bombeiros no Estado, coronel-PM Ociel Ortiz Elias, informou que quatro operários morreram e três foram transportados para um hospital de Presidente Prudente (SP) em coma induzido. Os demais estão sendo atendidos em hospitais da cidade e região.
Até o momento, 28 pessoas foram atingidas pelo produto no acidente que atingiu a seção de curtume da empresa situada no município de Bataguassu (335 km de Campo Grande), na região leste do Mato Grosso do Sul, divisa com São Paulo. Um grupo especializado dos bombeiros isolou o curtume e utilizou jatos de água para evitar a propagação da substância tóxica, conhecida como ácido dicloro propiônico.
A Marfrig é a segunda maior indústria de carnes do Brasil e uma das maiores empresas alimentícias do mundo, com fábricas na Argentina, Chile, México, Uruguai, Estados Unidos, França, Holanda, Reino Unido, África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul e Tailândia.
Em nota, a empresa diz que o vazamento foi controlado. Veja íntegra da nota oficial sobre o caso:
A Marfrig informa que o acidente envolvendo a unidade de curtume no município de Bataguassu (MS) já foi controlado. Três funcionários atingidos foram removidos para Presidente Prudente (SP) e os demais estão sendo atendidos pela Santa Casa local. Alguns já foram liberados e outros permanecem em observação. Quatro funcionários da unidade vieram a óbito.
O curtume foi evacuado e, em conjunto com a polícia civil e técnica, causa do acidente está sendo apurada. Informações preliminares indicam que houve uma reação química decorrente de manipulação de insumos inerentes da atividade de curtume. Executivos da empresa estão no local empenhados na prestação de atendimento aos funcionários atingidos e suas famílias. A unidade frigorífica de Bataguassu, próxima ao curtume, não foi atingida pelo acidente e continua funcionando normalmente. Assim que as informações estiverem esclarecidas a empresa voltará a informar.
(Agência Estado / Uol, 31/01/2012)