Normalmente as pessoas vão às famosas “dunas da joaka” para praticar sandboard ou admirar as vistas. Só que excesso de ênfase na missão pode impedir de enxergar outras maravilhas. Essa manhã, a vontade de chegar à Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), me tirou da cama às 6 da manhã. Saí do sul da ilha e levei meia hora para chegar. Caminhei uma hora. A bela luz do início do dia me permitiu apreciar a vegetação local e acompanhar a atividade das aves e mesmo dos insetos. Nessas circunstâncias perfeitas, a decepção foi o lixo deixado pelos frequentadores.
No meio do caminho, destoando da paisagem, ora aqui ora acolá, vi garrafas pet, bitucas de cigarro, tampas de recipientes e sacos plásticos. No local existem apenas três lixeiras que enchem até a boca pelo menos três vezes por dia. Nesta época do ano, a visitação diária das dunas chega a 500 pessoas.
Valcir Correia, da Associação de Proteção e Preservação das Dunas, também faz parte da cooperativa que promove o sandboard. “Todos os dias a gente limpa aqui”, conta. De fato, felizmente há pouco lixo nas dunas – embora a aparência de limpeza possa ser enganosa, já que a areia movida pelo vento pode enterrar os detritos.
No mínimo, deveriam existir mais lixeiras nas dunas da Joaquina.
(Por Karina Miotto, O Eco, 04/01/2012)