Fim dos incentivos e da sobretaxa sobre a exportação do combústivel favorece Brasil
Após décadas em vigor, acabam a partir deste domingo (1º/1) os subsídios concedidos pelo governo dos Estados Unidos aos produtores de etanol de milho. O Congresso norte-americano entrou em recesso na semana passada sem prorrogar os benefícios ao mercado local, que incluía uma sobretaxa para a importação de biocombustíveis de outros países, incluindo o álcool de cana-de-açucar produzido no Brasil.
A queda dos subsídios ao etanol de milho pelos EUA é um pleito antigo do governo brasileiro, que acredita na expansão global do produto com a abertura do mercado americano.
No total, os incentivos aos produtores de milho custavam anualmente aos contribuintes norte-americanos cerca de 6 bilhões de dólares. A política de subsídios para os agricultores surgiu em 1973, em meio à primeira crise do petróleo, com o embargo imposto pelos países arábes.
Durante o governo de Jimmy Carter (1977-1981) houve muito entusiasmo nos EUA pelas fontes de energia alternativas e os combustíveis obtidos de recursos renováveis, incluída a produção de etanol a partir de vegetais, especialmente o milho.
Embora a chegada à Casa Branca do republicano Ronald Reagan diminuiu a busca por fontes alternativas de energia, os subsídios para os produtores de etanol se mantiveram.
No outro extremo do espectro político, os defensores do meio ambiente também se opuseram aos subsídios para os produtores de etanol, com o argumento de que a expansão dos cultivos envolvia maior uso de máquinas - com motores a diesel - e um uso maior de adubos.
Os produtores de etanol esperam agora que o Congresso não deixe expirar outro subsídio que apoia o combustível obtido de fontes vegetais, conhecido como etanol celulósico. Este é o etanol que pode obter a partir de uma espécie de gramínea (Panicum virgatum), resíduos de madeira em estaleiros e ainda folhas e casca de milho.
(Por Willian Maia, Opera Mundi, com informações da EFE, 30/12/2011)