(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
arcelormittal poluição no es poluição industrial
2011-12-23 | Rodrigo

As associações que reúnem moradores da Praia do Canto, ilhas do Boi e do Frade, Praia do Suá e Enseada do Suá, em Vitória, e Praia da Costa, em Vila Velha, também querem ser habilitadas como autoras da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado (MPES) contra a ArcelorMittal e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

O processo é de março deste ano e acusa a empresa de racismo ambiental, por não adotar no Estado a mesma tecnologia de suas plantas do exterior, para minimizar a poluição atmosférica de suas atividades.

O requerimento para admissão como litisconsortes ativos à ação foi protocolado pelas entidades neste mês, sob a alegação de que representam os residentes nos bairros da Grande Vitória mais atingidos pelas agressões ambientais da empresa desde a década de 1980, com exposição diária e ininterrupta à poluição.

“Trata-se de uma população, aqui representada, cansada e esgotada por sofrer com os danos extrapatrimoniais decorrentes da atividade da ré, que contamina todo o seu entorno com a poeira sedimentada que atinge suas residências e locais de trabalho”, diz o documento.

As associações ressaltam que têm em comum o mesmo sentimento de inconformismo com o que consideram prática de racismo ambiental inaceitável e que demonstra que o cidadão capixaba merece menos respeito, consideração ou atenção da empresa do que os de outros países. E ainda que os níveis de emissões apresentados pelas investigações apenas ratificam a ineficiência do sistema de controle e gestão ambiental da Arcelor, além de demonstrar a omissão dos órgãos ambientais.

Diante desta conduta lesiva, apontam as associações, os moradores de Vitória e Vila Velha continuam a sofrer com o excesso de pó preto, que coloca em risco a saúde e o patrimônio de cada indivíduo.

“Ao mesmo tempo, se sentem enganadas pelas campanhas publicitárias da Arcelor Mittal, nas quais a empresa figura como colaboradora do meio ambiente e da sociedade local, enquanto sua postura é de agressora do ar, que ignora completamente a boa convivência com os moradores do seu entorno e com o ambiente em que está inserida”.

O processo (n° 024.11.008143-7) assinado pelo promotor Gustavo Senna que tramita na 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual de Vitória foi motivado após inúmeras tentativas da sociedade civil e Ministério Público de firmarem um acordo com a empresa, para instalação das telas Wind Fences, que funcionam como barreiras de vento da poluição, assim como consolidado com a Vale. A Arcelor se recusa a assumir tal o compromisso.
 
Na ocasião, o MPES requereu, em caráter liminar, a realização de uma auditoria ambiental nas instalações da siderúrgica, para avaliar o comportamento da empresa em relação ao meio ambiente; apresentação de um projeto básico com o cronograma para a implementação das telas, com imediata execução, e outro projeto de sistema complementar de lavagem e limpeza de gases, visando à redução das emissões para padrões da União Européia. Além da condenação da empresa para reparar os danos ao meio ambiente e a pagar indenização a título de danos extrapatrimoniais, em valor a ser fixado pelo Judiciário.

Ao Iema, foi determinado que o órgão revisasse as licenças ambientais concedidas à Arcelor e não autorize novas expansões ou prorrogações dos licenciamentos já existentes, até que sejam implantadas as Wind Fences.

Arcelor e Vale lideram as emissões de poluentes na Grande Vitória. Entre eles o CO2, principal gás do efeito estufa, que causa o aquecimento global.

(Por Manaira Medeiros, Século Diário, 20/12/2011)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -