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kaiowá-guarani terras indígenas violência rural
2011-12-23 | Rodrigo

Quatro fazendeiros foram indiciados pelo desaparecimento de um cacique indígena que comandava um acampamento montado dentro de uma fazenda na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. No total, a Polícia Federal indiciou onze pessoas. Três chegaram a ser detidas, mas já estão em liberdade.

Desde o dia do episódio – 18 de novembro último – os índios sustentavam o histórico de que o líder indígena foi morto a tiros por pistoleiros, e o corpo, tirado dali numa caminhonete.

O relatório da PF não confirma essa versão, mas admite que o local foi invadido por seguranças contratados por fazendeiros da região. A missão dos agressores seria retirar os índios do acampamento “mediante forte ameaça”. Até agora, o cacique não foi localizado.

A área do conflito fica entre as cidades de Amambai e Ponta Porã (MS). Pelo menos 60 índios guarani-caiová ocuparam a entrada da fazenda Aurora no início de novembro. A terra em questão é disputada na Justiça. Os seguranças teriam entrado no local atirando, e os índios, fugido para a mata.

De acordo com o comunicado da PF, peritos coletaram uma porção de sangue caído no chão, que, segundo os guarani-caiová, seria de Nizio Gomes, 59, o cacique que teria sido baleado e morto durante a investida dos três seguranças.

Ocorre que, segundo a PF, a quantidade de sangue não foi suficiente para revelar o perfil genético do índio, isto é, comprovar que o material pertencia mesmo ao cacique.

A nota da PF afirma que pelo volume de sangue achado não dá para garantir que o cacique morreu ali no acampamento, e seu corpo foi arrastado até uma caminhonete pelos seguranças, conforme relatos dos índios. As munições usadas pelos agressores eram de borracha.

A investigação da PF diz ainda que o filho do cacique, principal testemunha do ataque dos seguranças, mentiu em seu primeiro depoimento ao dizer que o pai havia morrido no ataque e que os agressores entraram no acampamento em caminhonetes.

Pela apuração da PF, os seguranças entraram a pé por uma mata. A testemunha, segundo o relatório, sabia que o acampamento seria atacado e aguardou os agressores armado com a espingarda.

Porte ilegal de armas
Depois da invasão, a testemunha procurou a polícia e acusou “pessoas inocentes que integrariam o grupo armado que atentou contra os indígenas”. Por esta razão, o filho do cacique foi indicado por denunciação caluniosa.

Já os quatro fazendeiros, três administradores, um advogado e os três seguranças, cujos nomes não foram revelados, foram indiciados por formação de quadrilha e por porte ilegal de arma de fogo.

Durante a investigação, a PF pediu a prisão dos fazendeiros, mas a Justiça Federal não acatou o pedido. Um dos seguranças trabalha numa empresa de Dourados (MS). Os outros dois teriam sido contratados como “free lance”.

Homens da Força Nacional vigiam o acampamento dos índios por determinação do Ministério da Justiça. Hoje, ao menos 200 índios ocupam o local e disseram que saem dali somente quando a Justiça definir que a fazenda pertence a eles.

Uma moradora de Brasília diz que herdou a área da avó, que seria dona da fazenda desde a década de 1920. Ela arrendou a terra a um plantador de soja da região. A PF informou que conclui o inquérito amanhã, quinta-feira (22).

(Por Celso Bejarano, UOL, 21/12/2011)


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