O primeiro observatório de mudanças climáticas do mundo está sendo construído na Cidade do Cabo, África do Sul, pela International Polar Foundation (IPF). O observatório terá como foco fornecer informações científicas sobre o planeta e as suas mudanças devido ao aquecimento global.
O Observatório Polaris de Mudanças Climáticas será construído no famoso Victoria & Albert Waterfront da Cidade do Cabo. O projeto pretende servir como um caminho para sustentabilidade, oferecendo a visitantes de todas as idades exposições permanentes e temporárias, atividades educacionais e de conscientização, novas formas de apresentar fatos e números sobre o clima, novidades da ciência e inovações do setor.
Programado para abrir as portas em 2014, o primeiro Observatório Polaris vai aliar a “criatividade” de uma das principais cidades da África a um conceito revolucionário que mudará a maneira como os visitantes olham para o mundo e as mudanças climáticas, destacando novos métodos em que a humanidade pode assumir responsabilidade e tomar decisões.
O vice-presidente do IPF, Nighat Amin, disse que a África do Sul sentia uma “necessidade real e uma profunda vontade de resolver os seus problemas, visíveis por toda parte". O IPF abordou outros países para construção do observatório e constatou a existência de muitos interesses velados.
De acordo com Amin, quando o IPF apresentou a ideia para a África do Sul e a Cidade do Cabo, "encontramos tantas pessoas que estavam dispostas a falar conosco e apoiar o projeto que ele deslanchou muito rápido", afirmou.
"O Polaris pretende desmistificar o debate sobre as mudanças climáticas e dar aos visitantes uma visão e compreensão mais amplas sobre o tema, e isso é muito importante porque as decisões que as pessoas tomam hoje afetarão o seu próprio futuro", complementou Amin.
Iceberg gigante em forma tabular
O observatório com 3000 metros quadrados construídos – cuja forma lembra a de um iceberg gigante em forma tabular flutuando sobre a água - contará com uma exposição permanente e dois poderosos símbolos para representar as mudanças climáticas.
O primeiro símbolo será um globo da Terra, ponto focal em torno do qual os visitantes serão guiados durante a visita ao observatório. O globo servirá ainda como uma tela em 3D onde serão projetados conceitos-chave.
O segundo símbolo será um "núcleo de gelo gigante, cortado por uma escada transparente em espiral. Núcleos de gelo são os guardiões da história climática da Terra, datada de até 800.000 anos atrás”, informa o IPF.
Complementando a exposição permanente, o observatório oferecerá ainda um programa educacional completo para escolas, com workshops e espaços para exposições temporárias de soluções da ciência, tecnologia e sociologia para uma sociedade de baixo carbono.
(Instituto CarbonoBrasil, 20/12/2011)