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indústria do alumínio mineração de bauxita desmatamento da amazônia
2011-12-19 | Rodrigo

A assessoria de comunicação da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) divulgou nota rebatendo as acusações feitas a empresas do setor instaladas na região Norte do país, divulgadas em uma vídeo-reportagem produzida pela organização Amigos da Terra Brasil (Indústria do alumínio: A floresta virada em pó) e publicada na Carta Maior. A entidade considera "exageradas, senão infundadas" as acusações relativas a danos ambientais e violações de direitos humanos.

Além disso, defende que "as empresas instaladas no País seguem padrões internacionais de governança, eficiência, transparência, gestão de riscos e responsabilidade social e ambiental, com resultados melhores que a média mundial".

Segue a íntegra da manifestação da ABAL:

Em relação à matéria publicada por esta agência no último dia 7 de dezembro intitulada “Indústria do alumínio: a floresta virada em pó”, produzido a partir de vídeo-reportagem homônimo, a Associação Brasileira do Alumínio esclarece que são exageradas, senão infundadas as acusações feitas às empresas da cadeia produtiva do alumínio instaladas na Região Norte do País.

O texto é despropositado nas suas acusações de violação de direitos humanos, ameaças e desinformações às comunidades locais e aos trabalhadores. Na tentativa de dar algum fundamento às denúncias, o vídeo tendencioso e unilateral dá voz somente a uma pequena minoria que, por motivos próprios, ainda é contrária ao desenvolvimento responsável e ao acesso às melhores condições de vida da população daquelas áreas. Diferentemente do que afirma o vídeo, nenhuma das empresas foi consultada para sua produção.

A realidade é que a indústria do alumínio é globalizada e as empresas instaladas no País seguem padrões internacionais de governança, eficiência, transparência, gestão de riscos e responsabilidade social e ambiental, com resultados melhores que a média mundial. Participam do desenvolvimento local com a geração de emprego e renda, investimentos em saúde, educação e infraestrutura, recolhimento de impostos e oportunidades de negócios para micro e pequenos empreendedores. Nenhuma empresa do setor está localizada em áreas indígenas.

Afirmar que as comunidades locais desconhecem os impactos positivos e negativos de um novo empreendimento na região não é verdade. Encontros com lideranças e audiências públicas são realizados ainda antes da obtenção das licenças de instalação dos projetos e se mantêm constantes durante a operação.

O exemplo mais recente trata da implantação da mina de bauxita de Juruti (PA) pela Alcoa, que realizou várias reuniões preliminares com líderes comunitários, instituições públicas e privadas e outras partes interessadas. As reuniões foram sucedidas por três audiências públicas, a primeira delas com a presença de mais de seis mil pessoas, e a partir das quais foram construídos os Planos de Controle Ambiental, uma Agenda Positiva e o Modelo Juruti Sustentável.

Por meio dos Planos de Controle Ambiental a Alcoa executa programas nos âmbitos socioeconômico, biótico, físico e gerencial, destinando recursos da ordem de R$ 40 milhões em compensações ambientais.

A Agenda Positiva é um conjunto de ações para desenvolvimento do município, com foco em infraestrutura e investimentos de R$ 69 milhões, que contempla as áreas de Saúde, Segurança e Justiça, Educação e Cultura, lnfraestrutura Urbana e Rural. Já o Modelo Juruti Sustentável é constituído por um tripé: o Conselho Juruti Sustentável, composto por 15 membros de diferentes grupos sociais da comunidade e que definem a estratégia de desenvolvimento do município, a partir de Indicadores de Desenvolvimento que acompanham a evolução da cidade e norteiam discussões e decisões pelo desenvolvimento local, apoiados pelo Fundo Juruti Sustentável, instrumento financeiro incentivado pela Alcoa para custear projetos de desenvolvimento local.

As empresas de alumínio contribuem para melhorar os índices de desenvolvimento humano das regiões onde se instalam, geralmente alçando a qualidade de vida dos moradores dessas localidades para acima da média nacional. Pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)– que divulga anualmente um Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) considerando fatores como geração de emprego e renda e qualidade de serviços de saúde e educação de todos os municípios brasileiros – mostrou, por exemplo, que o IDM de Juruti subiu de 0,38 (numa escala até 1,0) em 2000, para 0,62 em 2009, após a instalação da mina.

No quesito emprego e renda a pontuação saiu de 0,29 (2000) para 0,79 (2009), colocando Juruti entre os 12 municípios mais desenvolvidos do Estado do Pará. Pesquisa realizada pelo IBOPE em 2010 mostrou que 91% dos cidadãos jurutienses aprovam a atividade de mineração de bauxita no local.

Mais que vetores para geração de emprego e renda, as indústrias de alumínio desenvolvem e valorizam a mão de obra local. Na Albras – planta de alumínio primário instalada há 26 anos em Barcarena (PA) – atualmente 96% dos empregados são do estado. Na Alcoa, dos 2.156 funcionários diretos e indiretos, 83% deles são paraenses. Para manter o alto índice de mão de obra local, as empresas investem em cursos de capacitação e qualificação e em parcerias com o SENAI.

Como prova de reconhecimento do trabalhador a Albras, por exemplo, há 12 anos consecutivos figura entre as 150 melhores empresas para trabalhar, segundo pesquisa das revistas Você/SA e Exame; e a Alcoa figura entre as 100 melhores empresas para se trabalhar, segundo estudo do Great Place to Work Institute que tem seus resultados publicados nas revistas Época e jornal O Estado de S. Paulo.

Essa é a realidade promissora dos municípios onde há a presença da indústria do alumínio e que em nada se assemelha à edição sombria da reportagem. Passado a limpo, o que resta desse texto e vídeo-reportagem senão a postura irredutível de uma minoria que desconsidera a importância estratégica das indústrias de base, da mineração à produção primária.

Pois são elas que transformam as riquezas naturais em valor, revertendo-as em benefícios sociais, em acesso à saúde e à educação, enfim são responsáveis por inserir essas comunidades no caminho do progresso.

(Carta Maior, 16/12/2011)


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