Audiência Pública aconteceu na segunda-feira (12), em Macaé, no RJ. Segundo representante da Chevron, óleo residual continua vazando
Representantes da Chevron afirmam que o vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, no litoral Norte Fluminense, continua e não há previsão para controlá-lo. A informação foi confirmada durante uma audiência pública na segunda-feira (12), em Macaé, também no Norte Fluminense.
“As quantidades estão se mostrando cada vez menores na observação que é feita no fundo do mar. A expectativa é que haja um controle total da questão em algum tempo, no futuro. Não sei precisar (o tempo) porque essa quantidade ainda está em avaliação para saber exatamente como o óleo chegou à superfície”, afirmou o supervisor de meio ambiente da Chevron, Luiz Alberto Pimenta Borges.
A Procuradoria Geral do Estado abriu uma ação civil pública contra a Chevron. “Estamos buscando uma indenização de R$ 150 milhões. Esse recurso, uma vez ingressado nos cofres do estado, será revertido para o conjunto dos municípios produtores, que são aqueles que sofreram os riscos e até impactos diretos”, explica Christino Áureo, secretário estadual de Agricultura.
Durante a audiência, Pimenta Borges disse que o vazamento começou depois que um equipamento de uma das plataformas sofreu uma pressão inesperada durante a perfuração. A Chevron diz ter cessado o reservatório perfurado que mandava óleo para a superfície.
Segundo a empresa, foram 2.400 barris que vazaram, o que equivale a 382 mil litros de óleo. No entanto, a empresa admitiu o problema com o óleo residual, que continua vazando.
Gás venenoso
No dia 1º de dezembro, a diretora da ANP, Magda Chambriard, informou que foi constatada a existência de gás sulfídrico (H2S) em um dos dez poços em produção no Campo de Frade, sob responsabilidade da petroleira americana Chevbron. A verificação foi feita durante uma inspeção da ANP no dia 22 de novembro.
“Esse gás é um veneno para o trabalhador. Não houve vazamento porque, se tivesse havido, poderia ter matado alguém”, disse Magda, na ocasião.
Após a contatação do gás, a ANP interditou o poço e emitiu uma terceira autuação, além das outras duas que já haviam sido anunciadas contra a Chevron, uma delas pela fato de companhia não ter entregue todas as imagens submarinas do vazamentio de óleo no Campo do Frade que foram solicitadas pela ANP.
(G1, 13/12/2011)