Não há qualquer repercussão nos sites dos grandes jornais, mas a repórter Cláudia Schüffner, do Valor, publica hoje (5) que a Chevron está, aparentemente, tendo dificuldades para selar o poço de onde vazou petróleo para o oceano, na Bacia de Campos.
Segundo a reportagem, “em condições normais, o abandono de um poço na bacia de Campos é feito entre uma semana e 15 dias. É uma tecnologia dominada, mas a Chevron completou 20 dias de tentativas na sexta-feira – contados a partir do dia 13, quando apresentou o primeiro projeto aprovado em regime de urgência pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)”.
A demora é resultado de uma simples questão: há uma enorme extensão de “poço aberto”, sem revestimento de tubos e sem as sapatas de sustentação e vedação previstas no plano de perfuração.
As evidências estão se tornando impossíveis de esconder. Embora, deva registrar, as fontes de informações sejam poucas e reticentes. A indústria do petróleo, mais que qualquer outra, fecha-se para proteger-se dos pecados que todas as petroleiras têm.
(Por Fernando Brito, Tijolaço, 05/12/2011)