(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
convenção de basiléia resíduos tóxicos lixo tecnológico / eletrônico
2011-10-28 | Rodrigo

Um acordo histórico foi fechado, na sexta-feira (21) em Cartagena, na Colômbia, durante o encerramento da 10ª Conferência das Partes na Convenção de Basileia. Dando fim a um impasse de quinze anos, ele deverá permitir, pelo menos em parte, que se proíba a exportação de resíduos tóxicos dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento.

Ratificada nesse dia por 178 países e em vigor desde 5 de maio de 1992, a Convenção de Basileia sobre “o controle dos movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e de sua eliminação” tinha por objetivo, sobretudo, evitar a transferência de lixo tóxico dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento.

Uma emenda que detalha essa proibição – a Emenda Ban – havia sido aceita em 1995. Mas o texto, que suscitou uma oposição ferrenha dos grupos de industriais e de certos países, entre eles os Estados Unidos e o Canadá, não obteve o número necessário de ratificações (75%) e nunca foi aplicado.

O princípio dessa proibição finalmente foi relançado, três anos atrás, graças à iniciativa da Suíça e da Indonésia. Sua proposta, a Country-Led Initiative (CLI), prevê permitir aos governos que assim o desejarem aplicar a Emenda Ban, mesmo que esta não tenha entrado oficialmente em vigor.

Com diversos países, entre eles o Japão, a Índia e a África do Sul, deixando-se convencer, esse acordo é que finalmente foi aceito, em Cartagena, pelos membros da Conferência das Partes. Graças a ele, nações como os Estados Unidos, o Japão e o Canadá, embora não tenham assinado a Emenda Ban, não poderão mais exportar produtos tóxicos para os 71 países que o ratificaram, entre eles todos os membros da União Europeia.

Isso deverá permitir limitar o índice de exportações que, a cada ano, transformam um pouco mais os países em desenvolvimento em lata de lixo do planeta.

Progressos a serem feitos
No topo da lista desses produtos estão os resíduos eletroeletrônicos. Na Europa, esse setor é regulamentado, desde 2002, por duas diretivas que visam instaurar uma coleta seletiva, para que eles sejam tratados e reciclados. No entanto, afirma a Comissão Europeia, somente um terço dos resíduos eletroeletrônicos seria reciclado segundo a regulamentação em vigor.

Cada vez mais elevado, o custo do tratamento desses resíduos favorece a expansão do tráfico ilegal para os países em desenvolvimento. Segundo a Agência Europeia do Meio Ambiente, são em média 35 toneladas dele, ou seja, mais de mil televisões usadas, que chegam a cada dia em Gana, na Nigéria ou no Egito.

Embora a Europa tenha progressos a fazer, os piores exemplos da reciclagem continuam sendo os Estados Unidos, onde nenhuma lei federal regulamenta a exportação dos resíduos perigosos. Dos 11% a 14% de resíduos eletroeletrônicos americanos que são confiados a empresas de reciclagem (o resto é queimado ou descartado), 70% a 80% seriam exportados para países em desenvolvimento.

Em 2010, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) calculava que 40 milhões de toneladas de televisores, computadores, refrigeradores, telefones, câmeras fotográficas e outros equipamentos, que algum dia virarão lixo eletroeletrônico, eram produzidos a cada ano no mundo.

(Por Catherine Vincent, com tradução de Lana Lim, Le Monde / UOL, 28/10/2011)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -