Nesta terça-feira, o Comitê Ambiental do Parlamento Europeu aprovou, por 52 votos a um e cinco abstenções, reformas na Diretiva de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), passando para 85% o índice de equipamentos eletroeletrônicos que precisarão ser reciclados ou reutilizados a partir de 2016.
A medida tem como objetivo aumentar as taxas de reciclagem de lixo eletrônico (e-lixo) e reprimir empresas de eletroeletrônicos e de resíduos que são acusadas de exportar equipamentos antigos ilegalmente para países em desenvolvimento.
Atualmente, as regras de REEE exigem que as empresas de eletrônicos custeiem a reciclagem de e-lixo a uma taxa fixa anual de quatro quilos por pessoa. No entanto, grupos ambientalistas alegam que essas regras, apesar de terem aumentado o índice de reciclagem de resíduos eletroeletrônicos, não impedem a exportação desse material para países em desenvolvimento como os da África e da Ásia.
Por isso, a União Europeia decidiu mudar as regras, baseando-as em uma porcentagem do total de lixo eletrônico produzido em um ano. As novas propostas devem incluir também metas para estimular a reutilização de computadores e celulares, além de medidas para que exportadores de eletrônicos provem que o material que enviam para fora da UE é reutilizável.
“Coletar e reciclar lixo eletrônico é bom para o meio ambiente e bom para a economia. As metas ambiciosas, mas atingíveis, do Parlamento ajudarão a recuperar matérias-primas valiosas e cortar o fluxo de lixo eletrônico para aterros, incineradores e países em desenvolvimento”, declarou Karl-Heinz Florenz, autor da nova proposta.
As reformas devem ir agora ao Parlamento para serem votadas no próximo ano, mas primeiro serão negociadas com o Conselho Europeu para finalização das mudanças nas diretrizes.
(Por Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil, com informações da Business Green, 05/10/2011)