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2011-10-06 | Rodrigo

Considerando a necessidade de se conhecer as emissões de gases do efeito estufa de toda a cadeia de valor de uma empresa, líderes empresariais se reuniram nesta terça-feira (4) para a apresentação de novos padrões GHG Protocol

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde até mesmo ínfimas partes de produtos e processos podem viajar milhares de quilômetros desde a sua fabricação até deposição, o conhecimento de todo este ciclo é vital para a saúde ambiental, social e financeira das empresas.

Na terça-feira (4), líderes empresariais do mundo todo se reuniram para a apresentação dos novos padrões GHG Protocol (GHGP), que estabelecem a primeira abordagem internacionalmente harmonizada para a mensuração e relato de inventários de gases do efeito estufa (GEEs) da cadeia de valor corporativa (Escopo 3) e ciclo de vida de produtos.

As empresas que aplicarem os padrões poderão mensurar e gerenciar todo o escopo de emissões, possibilitando melhorias de eficiência em suas cadeias de valor e o aperfeiçoamento de produtos.

“Os novos padrões foram uma resposta à demanda de nossos parceiros ao redor do mundo. Na Nova Zelândia, exportadores de laticínios estavam sendo pressionados a contabilizar as milhas (distância de viagem) dos produtos. Nos Estados Unidos, o Wall Street Journal enfatizou as dificuldades que uma empresa multinacional estava enfrentando em avançar em direção à neutralidade em carbono sem contabilizar os impactos da cadeira de fornecedores”, explicou Pankaj Bhatia, diretor do GHGP no World Resources Institute.

O ‘GHGP Corporate Value Chain’ (Escopo 3) revela oportunidades para as empresas tomarem decisões mais sustentáveis sobre suas atividades e sobre os produtos que compram e vendem, assumindo uma abrangência em nível corporativo.

O ‘Product Life Cycle Standard’ permite a mensuração das emissões de GEEs de um determinado produto, incluindo materiais, fabricação, uso e disposição.

Em conjunto com o GHG Protocol Corporate Standard, lançado em 2001, os três oferecem uma abordagem abrangente para a mensuração e gerenciamento das emissões da cadeia de valor, afirmam as entidades que criaram os padrões.

"Este conhecimento pode nos trazer economia tanto em termos de carbono como em custos, mas também é excitante pensar no que isto pode significar para o futuro na educação dos clientes e compras", comentou o vice-presidente e chefe de sustentabilidade da Alcoa, Kevin Anton.

As emissões do escopo 3 (cadeia de valor) são como um “tesouro” escondido do gerenciamento de GEEs, comentou a vice-presidente para Ciência e Pesquisas do World Resources Institute Janet Ranganathan, “é onde as surpresas e maiores oportunidades de redução geralmente são encontradas”.

A finalização dos padrões levou três anos e incluiu cerca de 2,5 mil parceiros ao redor do mundo. Os testes foram realizados por 60 empresas de 17 países.

Os próximos passos são o desenvolvimento de diretrizes específicas para cada setor e de programas de capacitação para apoiar o uso dos padrões. Além disso, Pankaj já enxerga as próximas áreas onde é necessário o estabelecimento de protocolos para a contabilização dos GEEs, como agricultura e produção de alimentos, cidades e políticas climáticas de países.

Pegada Ecológica
A reunião de informações sobre as emissões de GEEs, muito úteis para a correlação com outros fatores como o uso de energia, é apenas o começo de todo o inventário que uma empresa pode fazer para verificar o impacto que impõe sobre o meio ambiente.

Ao redor do mundo, outros padrões e iniciativas estão tentando lidar com este desafio, como o caso brasileiro da certificação Life, que visa orientar, qualificar e reconhecer organizações comprometidas com a realização de ações efetivas para a conservação da biodiversidade. Uma das ferramentas do Life é a mensuração do valor estimado de impacto à biodiversidade de cada organização.

Outra iniciativa, da ONG WWF, é a Pegada Ecológica, que nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.

GHG Protocol
Lançado em 2001, o GHG Protocol é um conjunto de padrões e diretrizes para a contabilização e relato das emissões de GEEs, desenvolvidos por atores de diversos setores liderados pelo World Resources Institute e World Business Council for Sustainable Development (cujo representante no Brasil é o CEBDS).

Segundo Janet , quase 85% das 2.487 empresas que participaram do Carbon Disclosure Project em 2010 usaram diretamente o GHGP ou o fizeram através da participação em algum programa de mudanças climáticas.

O padrão ISO 14.064-1, da Organização Internacional para Padronização, é consistente com o GHGP Corporate Standard, primeiro protocolo lançado. “Em particular, duas características tornam o GHGP único e bem sucedido: o processo com múltiplos stakeholders e os testes rigorosos da minuta dos padrões”, enfatizou Janet.

O GHGP Corporate Standard classifica as emissões de uma empresa em três escopos. As emissões do Escopo 1 são as diretas, de fontes próprias e controláveis; do Escopo 2 são indiretas, da geração de energia comprada; do Escopo 3 são todas as emissões indiretas não incluídas no anterior, que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa.

A maioria das empresas grandes atualmente contabiliza e relata suas emissões dos escopos 1  e 2, porém as emissões ao longo da cadeia de valor geralmente representam os maiores impactos das empresas. Por exemplo, a empresa KraftFoods descobriu que as emissões da sua cadeia de valor compreendem mais de 90% do total.

(Por Fernanda B. Muller, Instituto CarbonoBrasil, com informações do GHG Protocol,
05/10/2011)


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