Técnicos japoneses detectaram pela primeira vez sinais de plutônio fora da central nuclear de Fukushima, afetada no dia 11 de março por um terremoto seguido de tsunami que provocou o maior vazamento dos últimos 25 anos, informou o jornal "Yomiuri Shimbun". Um dos locais contaminados com a substância fica a 45 km da usina.
O governo japonês divulgou um mapa em que aponta a contaminação em amostras de solo analisadas nas cidades de Futabamachi, Namiemachi e Iitatemura, todas na província de Fukushima.
Segundo o jornal japonês, o mapa se baseia em uma pesquisa encomendada pelo governo para determinar o quanto o solo ao redor da central nuclear está contaminado com plutônio e estrôncio, outra substância radioativa. O estrôncio foi encontrado em 45 amostras de solo. Os técnicos analisaram amostras de cem lugares diferentes.
A maior parte dos locais onde o plutônio foi encontrado estão em uma "zona proibida", num raio de 20 km ao redor da central, informou o diário japonês. O local mais distante foi Iitatemura, a 45 km da usina acidentada.
Mas autoridades disseram que as quantidades encontradas eram pequenas e que os esforços de descontaminação se concentrariam no césio radioativo, segundo informou ontem o jornal britânico "Financial Times".
A ingestão de plutônio, mesmo que em pequenas quantidades, representa uma séria ameaça à saúde. Isso deve deixar os moradores da regiões afetadas apreensivos com a notícia. E pode ampliar o temor de consumo de produtos agrícolas da região.
(Valor Econômico / IHU On-Line, 04/10/2011)